O que é Geografia Pós moderna
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David Harvey analisa o pós-modernismo enfatizando a perspectiva estética deste movimento, ao introduzir uma série de referências que dizem respeito à arquitetura, cinema, literatura, pintura, etc. de modo a realçar aspectos que no seu entender caracterizam o processo pós-moderno. No entanto, ele reconhece que o movimento não se restringe ao exclusivo campo cultural; no campo do planejamento urbano, por exemplo, é adotado a norma de se procurar “...estratégias “pluralistas” e “orgânicas” para a abordagem do desenvolvimento urbano como uma “colagem” de espaços e misturas altamente diferenciados, em vez de perseguir planos grandiosos baseados no zoneamento funcional de atividades diferentes”. ( 1993, op. cit, p. 46 )
Para David Harvey, o fato mais marcante sobre o pós-modernismo é a sua aceitação “...do efêmero, do fragmentário, do descontínuo e do caótico que formavam uma metade do conceito baudelairiano de modernidade.” ( Ibidem, p. 49 ) [9]
Na medida que não se tenta legitimar-se pela referência do passado, o pós-modernismo valoriza o pensamento que destaca o caos da vida moderna e a impossibilidade de lidar com ela pela via racional; não sendo possível, assim, por uma metalinguagem ou metateoria[10] revelar uma conexão entre os fatos, o que significa a inexistência de uma determinada ordem na vida.
Não sendo possível ter uma visão unificada do mundo, o pragmatismo é a única filosofia de ação possível. A improcedência de se engajar num projeto global, dada a característica multifacetada da vida, exige que o pragmatismo venha a ser a forma mais adequada para lidar com os diferentes aspectos da vida, e assim garantir um caráter não repressivo. “...A ação só pode ser concebida e decidida nos limites de algum determinismo local, de alguma comunidade interpretativa, e os seus sentidos tencionados e efeitos antecipados estão fadados a entrar em colapso quando retirados desses domínios isolados, mesmo quando coerentes com eles.” ( Ibidem, p. 56 ).
Um outro aspecto que Harvey destaca no pós-modernismo, diz respeito ao seu lado psicológico; enquanto o modernismo dedica-se à busca do futuro, o pós-modernismo concentra-se nas circunstâncias induzidas pela fragmentação e pela instabilidade características da vida de modo a impedir o planejamento do futuro. [11]
Esta atitude niilista configura um quadro que o geógrafo inglês, tendo por referência Jameson ( 1984 ), compara-o à esquizofrenia. “...A redução da experiência a “uma série de presentes puros e não relacionados no tempo” implica também que a “experiência do presente se torna poderosa e arrasadoramente vívida e ‘material’: o mundo surge diante do esquizofrênico com uma intensidade aumentada, trazendo a carga misteriosa e opressiva do afeto, borbulhando de energia alucinatória...O caráter imediato dos eventos, o sensacionalismo do espetáculo ( político, científico, militar, bem como de diversão ) se tornam a matéria de que a consciência é forjada”. ( Ibidem, p. 57 )
A relação do pós-modernismo com a cultura da vida diária é um aspecto de difícil análise, segundo David Harvey. Vários são os elementos que forjam esta relação difusa e difícil de ser compreendida : a degeneração da autoridade intelectual na década de 60, a chamada democratização do gosto numa diversidade de sulbculturas, o próprio fenômeno da televisão que influencia a cultura com elementos aparentemente soltos e desarticulados a ponto de não se destacar qual a característica maior da situação cultural de uma determinada sociedade, etc...O movimento contemporâneo, a rigor, explora ao máximo os recursos fornecidos pela mídia e diferentes espécies de arenas culturais, no entanto, não trás no seu bojo um processo de vanguarda, na verdade, ele é um movimento antivanguardista. ( Ibidem, p. 62-64 )
Para David Harvey, o fato mais marcante sobre o pós-modernismo é a sua aceitação “...do efêmero, do fragmentário, do descontínuo e do caótico que formavam uma metade do conceito baudelairiano de modernidade.” ( Ibidem, p. 49 ) [9]
Na medida que não se tenta legitimar-se pela referência do passado, o pós-modernismo valoriza o pensamento que destaca o caos da vida moderna e a impossibilidade de lidar com ela pela via racional; não sendo possível, assim, por uma metalinguagem ou metateoria[10] revelar uma conexão entre os fatos, o que significa a inexistência de uma determinada ordem na vida.
Não sendo possível ter uma visão unificada do mundo, o pragmatismo é a única filosofia de ação possível. A improcedência de se engajar num projeto global, dada a característica multifacetada da vida, exige que o pragmatismo venha a ser a forma mais adequada para lidar com os diferentes aspectos da vida, e assim garantir um caráter não repressivo. “...A ação só pode ser concebida e decidida nos limites de algum determinismo local, de alguma comunidade interpretativa, e os seus sentidos tencionados e efeitos antecipados estão fadados a entrar em colapso quando retirados desses domínios isolados, mesmo quando coerentes com eles.” ( Ibidem, p. 56 ).
Um outro aspecto que Harvey destaca no pós-modernismo, diz respeito ao seu lado psicológico; enquanto o modernismo dedica-se à busca do futuro, o pós-modernismo concentra-se nas circunstâncias induzidas pela fragmentação e pela instabilidade características da vida de modo a impedir o planejamento do futuro. [11]
Esta atitude niilista configura um quadro que o geógrafo inglês, tendo por referência Jameson ( 1984 ), compara-o à esquizofrenia. “...A redução da experiência a “uma série de presentes puros e não relacionados no tempo” implica também que a “experiência do presente se torna poderosa e arrasadoramente vívida e ‘material’: o mundo surge diante do esquizofrênico com uma intensidade aumentada, trazendo a carga misteriosa e opressiva do afeto, borbulhando de energia alucinatória...O caráter imediato dos eventos, o sensacionalismo do espetáculo ( político, científico, militar, bem como de diversão ) se tornam a matéria de que a consciência é forjada”. ( Ibidem, p. 57 )
A relação do pós-modernismo com a cultura da vida diária é um aspecto de difícil análise, segundo David Harvey. Vários são os elementos que forjam esta relação difusa e difícil de ser compreendida : a degeneração da autoridade intelectual na década de 60, a chamada democratização do gosto numa diversidade de sulbculturas, o próprio fenômeno da televisão que influencia a cultura com elementos aparentemente soltos e desarticulados a ponto de não se destacar qual a característica maior da situação cultural de uma determinada sociedade, etc...O movimento contemporâneo, a rigor, explora ao máximo os recursos fornecidos pela mídia e diferentes espécies de arenas culturais, no entanto, não trás no seu bojo um processo de vanguarda, na verdade, ele é um movimento antivanguardista. ( Ibidem, p. 62-64 )
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Ficha Técnica.
Lançamento: 1/11/1993
Assunto: Ciências Sociais
Tradutor: Vera Ribeiro
324 páginas
14x21cm
1ª edição
ISBN: 9788571102590
eISBN 9788537810248
Código: Z0353
Geografias pós-modernas
A reafirmação do espaço na teoria social crítica
Edward W. Soja
Assunto: Ciências Sociais
Escrito por um dos mais destacados geógrafos norte-americanos, Geografias pós-modernas contesta a tendência ainda dominante na maior parte da ciência social a reduzir a geografia humana a um mero espelho, ou, como a chamou Marx, a uma "complicação desnecessária". Começando por uma poderosa crítica ao historicismo e a seus efeitos, que restringem a imaginação geográfica, o autor passa pelas obras de Foucault, Berger, Giddens, Jameson e, sobretudo, Henri Lefebvre, para defender um materialismo histórico e geográfico, um repensar radical da dialética do espaço, do tempo e do ser social."
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