o que é "gênero" para a biologia?
o que é "sexo" para a biologia?
Soluções para a tarefa
sexo ,Biologicamente, ter uma vida sexual significa fazer meiose, ou seja, produzir gametas, que são as células sexuais.
Resposta:
: revisitando o debate” (2005).
Ainda, é importante destacar a diferenciação entre sexo e gênero. O psicanalista Robert Stoller publicou em 1968 o livro Sex and gender, formulando o conceito de identidade de gênero, em que o sexo está vinculado à biologia e o gênero à cultura.
No livro da professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Guacira Lopes Louro, Gênero, sexualidade e educação (1997), a autora cita: “Ao dirigir o foco para o caráter ‘fundamentalmente social’, não há, contudo, a pretensão de negar que o gênero se constitui com ou sobre corpos sexuados, ou seja, não é negada a biologia, mas enfatizada, deliberadamente, a construção social e histórica produzida sobre as características biológicas”.
A dicotomia homem e mulher acaba por esconder a diversidade de identidades de muitos indivíduos, já que há pessoas que não se identificam nem como homens nem como mulheres. E as diferenças não são apenas entre sexos – as mulheres diferem entre si, assim como os homens.
Constantemente novos conceitos surgem como queer e ally. É importante distinguir que orientação sexual (gay, lésbica, bissexual, assexual) e identidade de gênero (feminino, masculino, transexual, intersexo) são coisas distintas. A primeira se refere à atração que um indivíduo sente por outros. A segunda diz respeito a como um indivíduo se percebe, independente do seu sexo biológico. “Um indivíduo pode ter um sexo biológico masculino (tem pênis), mas ele se percebe, por uma série de razões, como sendo feminino e adota condutas todas femininas, podendo sentir até o desejo de fazer uma mudança de sexo, como os transexuais”, diz o professor João Bôsco Hora Góis da Universidade Federal Fluminense (UFF), e editor da revista Gênero, periódico sobre estudos feministas e de gênero produzido pela universidade.
Em 2014 foi publicado o artigo “O termo gênero e suas contextualizações”, escrito por dois psiquiatras e uma fisioterapeuta, em que apresentam diversas definições de gênero, e os seguintes questionamentos: “o termo gênero está dissociado do sexo biológico? Há dois tipos de gênero, masculino e feminino, somente? O gênero está ou não associado a fatores ambientais? O gênero é uma característica individual? Faz parte do corpo? É fundamental classificar o indivíduo em algum gênero? As experiências adquiridas ao longo do nosso desenvolvimento interferem na aquisição da identidade de gênero?”.
“Gênero é uma categoria relacional. Não faz sentido apenas estudar homens ou mulheres, e sim estudar como homens e mulheres, nas suas relações, definem-se uns aos outros”, diz Góis. Ele também cita que o conceito de gênero se relaciona com a história. “A noção de masculino e feminino é mutável, sendo influenciada pelo tempo ou espaço. Por exemplo, na Escócia é normal o uso de saias por homens. No Brasil, esse hábito é uma característica essencialmente feminina.”
A partir da década de 1960, com a organização de movimentos sociais, jovens, estudantes, negros, mulheres, homossexuais, entre outros grupos, começaram a ter voz na mídia, cinema, televisão, jornais, universidades etc. – espaços onde ressoava a voz do homem branco heterossexual. Entre os movimentos sociais organizados, o feminismo contemporâneo foi determinante para que surgissem os estudos de gênero.
De acordo com o texto “Os estudos de gênero no Brasil: algumas considerações” (200.
É inegável o papel que os estudos de gênero têm desempenhado no sentido de explicitar as condições de opressão a que as mulheres foram e ainda são rotineiramente submetidas, assim como os preconceitos que seguem sofrendo pessoas cuja identidade de gênero não se enquadra nos padrões restritivos pré-estabelecidos. O debate sobre gênero deve se basear nas evidências tanto das ciências naturais quanto humanas. Tentativas de explicação reducionistas não são positivas para a ciência e, portanto, prejudicam o próprio progresso e consolidação deste campo de estudo. Como resume o Prof. El-Hani em seu artigo, “o recurso a dicotomias simplistas, tais como inato versus adquirido, natureza versus cultura, genético versus ambiental, é prejudicial ao entendimento dos fenômenos biológicos e, em especial, para a compreensão da ‘natureza humana’, que não é apenas biológica, mas também histórica e