O que é capitalismo comercial Ou Mercantil e em Qual período ele predominou
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O Capitalismo Comercial ou Mercantil é considerado o pré-capitalismo, uma vez que representou a primeira fase do sistema econômico capitalista.
Ele surge no final do século XV, marcando o fim da Idade Média e o início a Idade Moderna, o qual durou até o século XVIII, quando desponta a Revolução Industrial.
O capitalismo comercial foi empregado nas colônias da América, África e Ásia, donde a metrópole buscava riquezas e produtos nas novas terras, intensificando cada vez mais as relações comerciais.
Fases do CapitalismoO Capitalismo acompanhou o desenvolvimento da sociedade e está dividido em três fases:
Capitalismo Comercial ou Mercantil (pré-capitalismo) – do século XV ao XVIIICapitalismo Industrial ou Industrialismo – séculos XVIII e XIXCapitalismo Financeiro ou Monopolista – a partir do século XXCaracterísticas do Capitalismo Comercial ou MercantilAs principais características do capitalismo comercial são:
Surgimento da moeda como valor de trocaProdução de manufaturasDivisão Internacional do TrabalhoMercantilismo como sistema econômicoBalança comercial favorável (superavit)Protecionismo (taxas alfandegárias)Metalismo (acúmulo de metais preciosos)ResumoA Idade Média foi um longo período que durou do século V ao XV na Europa. Nesse período o capitalismo ainda não existia, sendo o sistema feudal o regulador das relações sociais, culturais, econômicas e políticas do período.
Baseada na posse da terra, o feudalismo apresentava dois grandes grupos sociais: os senhores feudais, donos das terras que obtinham poderes absolutos sobre elas, e os servos, os indivíduos que trabalhavam nos feudos.
Esse tipo de sociedade é conhecida como sociedade estamental (dividida em estamentos), donde a mobilidade social foi praticamente inexistente. Ou seja, se a pessoa nascia nobre, morreria nobre, ou se nascia servo, viveria até o final de sua vida nessas condições.
Acima dos senhores feudais, estavam os Reis e a Igreja, portanto, os senhores estavam submetido às suas vontades e pagavam impostos à eles, entretanto, possuíam todo tipo de poder (político, econômico, social) nas suas terras.
Nesse sentido, vale atentar que a sociedade feudal era autossuficiente e não praticava o comércio, uma vez que tudo o que se produzia nas terras era destinado ao sustento das pessoas que ali viviam. Assim, as relações comerciais e a moeda como valor de troca não existiu nesse período.
Entretanto, com a expansão marítima comercial, a exploração de novas terras, o desenvolvimento do comércio (propulsionada pelas feiras livres ao redor dos burgos), o aumento da população e o surgimento de uma nova classe social (burguesia) transformariam definitivamente esse cenário feudal.
Foi nesse período que os portugueses encontraram o Brasil, o qual foi transformado inicialmente em colônia de exploração, cujos produtos extraídos da colônia eram comercializados pela metrópole. Em outras palavras, enquanto a colônia exportava matérias-primas, as metrópoles produziam e vendiam as mercadorias.
Os interesses econômicos, sociais e políticos da nova classe que surgia, a burguesia, levou a decadência do sistema feudal, os quais buscavam o enriquecimento por meio da acumulação de metais preciosos, uma das principais características do sistema econômico do mercantilismo, denominada “metalismo”.
Foi dessa forma que o sistema capitalista comercial surgiu, visando principalmente o lucro sobre as mercadorias comercializadas, mediados por uma economia centrada nas trocas comerciais com o aumento de taxas alfandegárias (protecionismo) e a busca do superávit (balança comercial favorável).
Destarte, o capitalismo comercial ou mercantil foi fortalecido por meio das trocas e vendas de escravos, manufaturas, metais preciosos, vendas de especiarias e de produtos agrícolas.