Sociologia, perguntado por josegamesrez, 9 meses atrás

o que é automação do trabalho no mínimo 15 linhas

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Respondido por izadorabbl
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Introdução

Apresentar-se o avanço da automação nos locais de trabalho como destinada a um

aproveitamento qualitativamente superior da força de trabalho, seja no sentido de

libertá-la de tarefas arriscadas, seja no de deslocar os (as) trabalhadores (as) por elas

responsáveis a atividades consideradas mais qualificadas, não é algo raro na história,

principalmente em se tratando dos discursos dos proprietários dos meios de produção.

Todavia, estudos empreendidos numa perspectiva histórica e crítica acerca dos modos

de produção e das formas de apropriação privada do trabalho humano permitem

questionar tais discursos, indagando-se, por exemplo, acerca do conteúdo das novas

qualificações exigidas aos (às) trabalhadores (as) nestas mudanças, as sutilezas nas

formas de controle social surgidas e, mesmo de uma perspectiva mais ampla, os custos e

benefícios sociais advindos desses processos de “objetivação” do trabalho humano em

máquinas, considerando-se a totalidade dos esforços investidos pela sociedade na

formação educacional e profissional da sua força de trabalho, em face de fenômenos

como o desemprego estrutural, a rotatividade ou mesmo o absenteísmo.

Dentro dessa temática, pretende-se no presente texto abordar as relações entre a

automação e o trabalho humano no contexto histórico do capitalismo contemporâneo,

amparando-se em experiências como as desenvolvidas por setores avançados da

indústria metalúrgica, como a cadeia automotiva, e os sistemas de organização do

trabalho que, daí surgidos, tornaram-se os mais influentes, desde o início do século XX

até os dias atuais, quais sejam: o sistema taylorista/fordista e o sistema toyotista.

Objetivos

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Analisar alguns dos principais precedentes e efeitos da automação do trabalho humano

no século XX, a qual ocorreu, ora sob a metodologia de organização taylorista/fordista,

ora sob a metodologia toyotista. Entre as diferenças, nesses casos, encontra-se o uso de

um mesmo conceito, o de flexibilidade, como meta a ser alcançada pelos proprietários

dos meios de produção, ou pelas gerências assalariadas das empresas.

Mostrar-se-á, então, como o conceito de flexibilidade adquire significados distintos em

cada situação, embora o pressuposto básico de sua aplicação no modo de produção

capitalista seja o mesmo: sustentar a propriedade privada dos meios de produção e a

divisão social e técnica do trabalho, combater as lutas sociais dos que vivem da venda

da própria força de trabalho, multiplicar as formas de assalariamento e proletarização,

tudo em prol de manter-se o circuito global de acumulação de capital.

Nessa perspectiva de análise, questiona-se neste texto a hipótese de uma “qualificação”

inerente ao trabalho denominado “polivalente” pelo sistema toyotista, ao supor que tal

polivalência resgata a compreensão global dos (as) trabalhadores (as) acerca dos limites

e alcances das suas funções no conjunto geral da divisão social e técnica do trabalho em

que se inserem nas organizações contemporâneas.

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