o que é a justiça distribuitiva no direito
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Resposta:
Justiça distributiva designa um construto relacionado à maneira como as pessoas avaliam as distribuições de bens
positivos (renda, liberdade, cargos políticos) ou negativos (punições, sanções, penalidades) na sociedade. Ao fazer julgamentos
distributivos, os indivíduos estão preocupados em avaliar em que medida a distribuição favoreceu ou prejudicou os envolvidos, a
partir de parâmetros ou princípios que determinam qual método distributivo é mais ou menos justo aplicar no contexto da distribuição.
A respeito da justiça distributiva, muitos estudos teóricos e empíricos têm sido realizados. O objectivo do presente trabalho é fazer uma
revisão da literatura psicológica sobre o conceito de justiça distributiva, apresentando, inicialmente, as principais teorias psicossociais
e do desenvolvimento que tratam deste tema. Além disso, alguns estudos empíricos importantes sobre a justiça distributiva serão
revistos e discutidos. Por fim, são feitas algumas considerações a respeito do campo de estudos na actualidade.
Palavras-chave: Justiça distributiva; psicologia social; psicologia do desenvolvimento.
Explicação:
A maneira como as pessoas aplicam princípios
distributivos e a variabilidade ou não no uso destes
princípios é uma questão que tem dividido os
pesquisadores. Assim, no que diz respeito à pesquisa
sociológica e psicossociológica, a justiça distributiva
tem sido investigada empiricamente a partir de duas
grandes abordagens: a unidimensional e a
multidimensional (Assmar & Ferreira; 2005;
Dell’Aglio & Hutz, 2001; Sabbagh, 2001). A
abordagem unidimensional propõe a existência de
princípios distributivos únicos, os quais são aplicados
em toda e qualquer situação de distribuição. Por outro
lado, a abordagem multidimensional defende a
existência de diversos princípios (utilitaristas,
equitativos ou benevolentes, por exemplo), os quais
são aplicados isoladamente ou em conjunto, a
depender da situação julgada.
Em geral perspectivas unidimensionais são
limitadas, porque tendem a ser universalistas e a
considerar que um só princípio é utilizado
universalmente pelas pessoas para tomar decisões
distributivas em diferentes situações. Por outro lado,
abordagens multidimensionais tendem a particularizar
os princípios e a vê-los como produto do contexto
social no qual eles são evocados. Entre os autores da
primeira abordagem destacam-se Homans e Adams e
entre os da segunda destaca-se Morton Deutsch.
Seguindo o princípio aristotélico da “igualdade
proporcional”, Homans (1958) construiu uma teoria
empiricamente orientada, chamada de Teoria da
Equidade, a qual foi posteriormente desenvolvida por
Adams (1965) e Walster, Berscheid e Walster (1973).
A suposição inicial, e talvez a mais importante da
teoria de Homans, é a de que a interação entre as
pessoas deve ser compreendida como um tipo de troca
de bens materiais ou não materiais, e que a justiça
distributiva é um dos mecanismos pelos quais se pode
garantir o equilíbrio e a justiça social.