o que diferencia um objeto de arte de um objeto comum?
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A diferença entre obra de arte e objeto estético, observa Dufrenne, reside nisto em que a obra de arte pode ser considerada como uma coisa comum, isto é, objeto de uma percepção e de uma reflexão que a distinguem das outras coisas sem lhe conceder um tratamento especial, mas, ao mesmo tempo, predispondo a uma percepção estética.E indaga o autor se isto quer dizer que a percepção ordinária seja falsa e a percepção estética verdadeira. Não exatamente, diz ele, porque a obra de arte é também uma coisa e nós veremos que a percepção não estética pode dar-se conta de seu ser estético, sem contudo apreendê-lo e, mais profundamente, veremos que o objeto estético guarda os caracteres da coisa, tudo sendo mais do que simples coisa. Desde então, tudo isto que dizemos da obra de arte é válido como objeto estético e os dois termos podem confundir-se, mas onde se separam é, exatamente: 1) quando descrevemos a percepção estética em quanto tal, porque seu correlato é então propriamente o objeto estético, já que objeto estético e obra de arte se compreendem um pelo outro; 2) quando consideramos as estruturas objetivas da obra de arte, por que a reflexão sobre estas estruturas implicam precisamente que se substitua a reflexão à percepção que cessa de perceber o objeto para estudá-lo como ocasião de perceber, 'isto que faz aliás, aparecer nela, a exigência de uma percepção estética'.
No problema da discriminação de uma obra de arte, vale relembrar a tese mensurativa de Etienne Souriau, levando em conta não a qualidade, mas a quantidade do trabalho artístico que intervém em sua produção, a arte definida como atividade de criar as coisas, onde se pode discernir, num processo de fabricação dada, o trabalho propriamente criador e o trabalho rigorosamente produtor, estabelecendo-se, desse modo, o percentual no trabalho total do trabalho artístico. Nesta tese de Souriau transluz a função eminentemente poética da Poesis grega, tendo-se em vista que a presença é um requisito de toda obra de arte e que esta é o que resta do objeto estético, nada se plenifica senão no sensível. A percepção aguça a sensibilidade, não só na música, na pintura, como em todas as artes maiores. Como observa Dufrenne, a obra de arte permanece como uma possibilidade permanente de sensação. O conjunto sensível se transforma em idéia que a consciência tende a reanimar. Assim, a obra de arte é tudo isto que suscita o objeto estético, ela é uma matriz de sensações, é uma potencialidade ou uma possibilidade. Objeto estético e obra de arte se compreendem, se nutrem um pelo outro, uma suscita a outra. Redunda dessa conjunção que toda experiência, por sua vez, está lastreada no elemento sensível que o leva espontâneamente à reflexão.
Estamos no mundo. Mas é nele que realizamos o destino da subjetividade e é nele que nos intencionamos através das coisas ou dos fenômenos aparentes ou inaparentes que nos conduzem perceptivamente ao real. A obra de arte, como assinala Dufrenne, 'se reencontra neste mundo de objetos onde se mesclam de forma inextricável o natural e o cultural, a coisa e o objeto fabricado'.
No problema da discriminação de uma obra de arte, vale relembrar a tese mensurativa de Etienne Souriau, levando em conta não a qualidade, mas a quantidade do trabalho artístico que intervém em sua produção, a arte definida como atividade de criar as coisas, onde se pode discernir, num processo de fabricação dada, o trabalho propriamente criador e o trabalho rigorosamente produtor, estabelecendo-se, desse modo, o percentual no trabalho total do trabalho artístico. Nesta tese de Souriau transluz a função eminentemente poética da Poesis grega, tendo-se em vista que a presença é um requisito de toda obra de arte e que esta é o que resta do objeto estético, nada se plenifica senão no sensível. A percepção aguça a sensibilidade, não só na música, na pintura, como em todas as artes maiores. Como observa Dufrenne, a obra de arte permanece como uma possibilidade permanente de sensação. O conjunto sensível se transforma em idéia que a consciência tende a reanimar. Assim, a obra de arte é tudo isto que suscita o objeto estético, ela é uma matriz de sensações, é uma potencialidade ou uma possibilidade. Objeto estético e obra de arte se compreendem, se nutrem um pelo outro, uma suscita a outra. Redunda dessa conjunção que toda experiência, por sua vez, está lastreada no elemento sensível que o leva espontâneamente à reflexão.
Estamos no mundo. Mas é nele que realizamos o destino da subjetividade e é nele que nos intencionamos através das coisas ou dos fenômenos aparentes ou inaparentes que nos conduzem perceptivamente ao real. A obra de arte, como assinala Dufrenne, 'se reencontra neste mundo de objetos onde se mesclam de forma inextricável o natural e o cultural, a coisa e o objeto fabricado'.
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Um objeto artístico é criado para deleite e questionamentos, causar reflexão e sentimentos nas pessoas. Geralmente são criados em peças únicas, quando feitos em massa são chamados de artesanatos. O objeto comum pode ter várias utilidades, mas não terá reflexões e questionamentos com seu conceito.
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