Filosofia, perguntado por terezinhascutchuk, 5 meses atrás

o que defemfiam , os filosofos sofistas , gregos ?​


Jarlebio: não lembro agora vou perguntar pro meu filho
terezinhascutchuk: tá bom Pfv ms ajuda

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Respondido por Jarlebio
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Explicação:

Os primeiros pensadores da filosofia grega se caracterizam por “gastarem” o seu tempo, pela via racional, em descobrir a essência do mundo e de tudo que existe, abandonando concepções mitológicas. Estes questionavam a realidade fundamental do universo, a physis, a arché. Alguns chegaram a dar algumas respostas, como Tales de Mileto, alegando ser a água este fundamento, Anaximandro sustenta que é o apeiron etc.. Os sofistas surgem neste contexto e buscam dar um novo sentido à filosofia. Passam da natureza à “antropologia”. A prioridade não é mais a busca de um princípio ou arché, mas prepara o cidadão para o sucesso na polis. Para isso valorizavam a retórica, a persuasão e o discurso bem elaborado, pois para eles não existia uma verdade absoluta.

O objetivo do presente artigo é explicitar algumas das principais características deste rico período, colocando em evidência as principais ideias sofistas, bem como apresenta as críticas que eles sofreram desde que surgiram e suas contribuições essenciais.

Em primeiro momento, se abordará os sofistas e suas ideias principais, bem como as críticas que receberam, em segundo momento um de seus legados mais significativos, a retórica, e, por fim, um de seus fundamentos basilares, o relativismo, destacando Protágoras.

1 Os sofistas

Com o desenvolvimento das cidades, do comércio, do artesanato e das artes, Atenas vive o seu auge e torna-se o centro da vida social, política e cultural da Grécia. A democracia se desponta e vive seu melhor momento, favorecendo a igualdade entre os homens perante as leis, a participação no governo da polis e surgimento da figura do cidadão. Contudo, para conseguir participar das assembleias e ter a sua opinião aceita era necessário falar bem e ser persuasivo. Acontece, então, uma revolução na educação, pois para exercer a cidadania era necessário opinar, discutir, deliberar e votar, assim surge a figura do bom orador como ideal de educação. Nesse contexto, surge os sofistas com a intensão de preparar o cidadão para viver esta revolução cultural, ensinando a arte da persuasão, sobretudo, aos jovens.

Os sofistas tiveram que enfrentar as críticas e resistências dos filósofos da época, que acusavam de não serem “filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade […]. Corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valer tanto quanto a verdade” (CHAUI, 2000, p. 43).

Além disso, os sofistas cobravam para ensinar. Atitude condenada pelos filósofos da época, sobretudo por Sócrates, que dizia não ter lugar em uma escola assim, pois “não se ocupava da retórica forense ou da ciência natural, não ensinava por pagamento e não viajava” (WOODRUFF, 2015, p. 365).

A mais significativa diferença entre os sofistas e Sócrates e Platão, se constata no fato de que os sofistas aceitavam as opiniões e as percepções e delas produziam argumentos de persuasão, enquanto, Sócrates e Platão, consideram as mesmas (opiniões e as percepções) como fonte de erro, mentira e falsidade, formas imperfeitas do conhecimento que nunca alcançam a verdade plena da realidade (CHAUI, 2000, p. 46). Assim, torna-se central o problema do conhecimento.

Diferente dos filósofos que buscavam uma verdade absoluta, os sofistas defendiam que não se pode conhecer o Ser, por exemplo, mas só ter opiniões subjetivas sobre a realidade, e, diante disso, asseguravam que, para se relacionar com o mundo e com os humanos, os homens devem valer da linguagem para persuadir sobre as suas ideias e opiniões. “A verdade é uma questão de opinião e de persuasão, e a linguagem é mais importante do que a percepção e o pensamento” (CHAUI, 2000, p. 139). Contrapunham-se, então, os filósofos que afirmavam que conhecer é passar da aparência à essência, da opinião ao conceito, do ponto de vista individual à ideia universal. Exemplo que ilustra isso, o mito da Caverna.

Os sofistas tinham por ideias fundamentais o humanismo, destacando-se Protágoras, um dos mais bem-sucedidos sofistas, reconhecido pela sua máxima de que “o homem é a medida de todas as coisas” (DK 80 B1 apud WOODRUFF, 2015, p. 367), e o relativismo, onde não existe uma verdade absoluta, apresentando sempre argumentos pró e contra para cada coisa.

Enfim, os sofistas não se preocupam em explicar o universo, bem como sua origem, assim como os filósofos se ocupavam, pois, para eles, as teorias sobre a arché mais confundiam do que explicavam, porque cada filósofo afirmava uma verdade absoluta, em contrapartida centravam o seu discurso em compreender o homem e também a política1.

 

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