O que caracterizou a política externa e a política interna do segundo reinado?
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POLÍTICA EXTERNA DO SEGUNDO REINADO
A política externa
O Segundo Reinado foi um importante período para o processo de consolidação interna do projeto político da aristocracia rural e escravista brasileira, que se afirmou definitivamente no poder após o turbulento processo de constituição do Estado nacional. O desenvolvimento da economia cafeeira, a partir da segunda metade do século XIX, favoreceu o predomínio político da elite aristocrática.
Quanto à política externa, o Brasil, que, por sua extensão territorial, já usufruía de posição privilegiada no continente sul-americano, procurou, ao longo do reinado do imperador Dom Pedro II, desempenhar agressiva política a fim de evitar o fortalecimento de outras nações que ameaçassem sua posição hegemônica. Além disso, procurou expressar sua vontade de assumir uma posição “autônoma” em relação à Inglaterra.
As relações Brasil - Inglaterra
Durante toda a primeira metade do século passado, a Inglaterra, importante produtora de gêneros industrializados, buscava ampliar seu mercado consumidor. O país acreditava que essa ampliação dependia da abolição do trabalho escravo no continente americano. Portanto, desde a chegada de D. João VI ao Brasil – que foi auxiliada pela Coroa britânica – as autoridades inglesas pressionavam o governo brasileiro a abolir a escravidão. Tal demanda se chocava com os interesses dos grandes proprietários rurais brasileiros. Os ingleses acreditavam que a abolição deveria ocorrer de forma lenta e gradual: iniciaria pela extinção do tráfico negreiro, principal meio de abastecimento de mão de obra escrava em uma população cujo crescimento natural não era suficiente para a sua reposição.
Devido aos adiamentos da decisão do governo imperial, as autoridades britânicas resolveram intervir: decretaram a lei Bill Aberdeen, dispositivo que permitia aos ingleses aprisionar navios que estivessem transportando africanos para o Brasil, apreender a carga e julgar a tripulação por crime. Algumas apreensões foram feitas, o que abalou as relações entre Brasil e Inglaterra.
Outro episódio marcante no relacionamento entre os dois países foi a chamada Questão Christie. Em 1861, um navio inglês, o Príncipe de Gales, naufragou nas costas do Rio Grande do Sul e sua carga foi pilhada por brasileiros. William Christie, representante inglês no Brasil, exigiu uma indenização de 3.200 libras, o que desagradou o governo imperial.
Para agravar ainda mais a situação, pouco depois, três oficiais da marinha inglesa, à paisana e completamente embriagados, foram presos pela polícia do Rio de Janeiro por provocarem desordens. Christie exigiu a imediata libertação dos oficiais ingleses, além da punição dos responsáveis pela prisão.
O imperador Dom Pedro II concordou, inicialmente, em arcar com a indenização pelo saque do navio e também ordenou a libertação dos marinheiros ingleses, mas se recusou, terminantemente, a punir as autoridades brasileiras, que, segundo ele, agiram corretamente ao prender os arruaceiros.
Em represália à decisão do imperador, Christie ordenou o aprisionamento de cinco navios brasileiros que se encontravam no Oceano Atlântico e os manteve como reféns até que a atitude do governo brasileiro se alterasse. Em resposta à atitude do embaixador inglês, centenas de pessoas se manifestaram nas ruas do Rio de Janeiro, insultando comerciantes ingleses radicados na cidade.
Para arbitrar a questão diplomática envolvendo Brasil e Inglaterra, foi eleito o rei da Bélgica, Leopoldo I, que se manifestou a favor das atitudes do imperador Dom Pedro II e aconselhou o governo britânico a pedir desculpas ao Brasil, o que não ocorreu. Em 1863, as relações diplomáticas entre os dois países foram rompidas, apesar da manutenção dos contatos econômicos.
A política externa
O Segundo Reinado foi um importante período para o processo de consolidação interna do projeto político da aristocracia rural e escravista brasileira, que se afirmou definitivamente no poder após o turbulento processo de constituição do Estado nacional. O desenvolvimento da economia cafeeira, a partir da segunda metade do século XIX, favoreceu o predomínio político da elite aristocrática.
Quanto à política externa, o Brasil, que, por sua extensão territorial, já usufruía de posição privilegiada no continente sul-americano, procurou, ao longo do reinado do imperador Dom Pedro II, desempenhar agressiva política a fim de evitar o fortalecimento de outras nações que ameaçassem sua posição hegemônica. Além disso, procurou expressar sua vontade de assumir uma posição “autônoma” em relação à Inglaterra.
As relações Brasil - Inglaterra
Durante toda a primeira metade do século passado, a Inglaterra, importante produtora de gêneros industrializados, buscava ampliar seu mercado consumidor. O país acreditava que essa ampliação dependia da abolição do trabalho escravo no continente americano. Portanto, desde a chegada de D. João VI ao Brasil – que foi auxiliada pela Coroa britânica – as autoridades inglesas pressionavam o governo brasileiro a abolir a escravidão. Tal demanda se chocava com os interesses dos grandes proprietários rurais brasileiros. Os ingleses acreditavam que a abolição deveria ocorrer de forma lenta e gradual: iniciaria pela extinção do tráfico negreiro, principal meio de abastecimento de mão de obra escrava em uma população cujo crescimento natural não era suficiente para a sua reposição.
Devido aos adiamentos da decisão do governo imperial, as autoridades britânicas resolveram intervir: decretaram a lei Bill Aberdeen, dispositivo que permitia aos ingleses aprisionar navios que estivessem transportando africanos para o Brasil, apreender a carga e julgar a tripulação por crime. Algumas apreensões foram feitas, o que abalou as relações entre Brasil e Inglaterra.
Outro episódio marcante no relacionamento entre os dois países foi a chamada Questão Christie. Em 1861, um navio inglês, o Príncipe de Gales, naufragou nas costas do Rio Grande do Sul e sua carga foi pilhada por brasileiros. William Christie, representante inglês no Brasil, exigiu uma indenização de 3.200 libras, o que desagradou o governo imperial.
Para agravar ainda mais a situação, pouco depois, três oficiais da marinha inglesa, à paisana e completamente embriagados, foram presos pela polícia do Rio de Janeiro por provocarem desordens. Christie exigiu a imediata libertação dos oficiais ingleses, além da punição dos responsáveis pela prisão.
O imperador Dom Pedro II concordou, inicialmente, em arcar com a indenização pelo saque do navio e também ordenou a libertação dos marinheiros ingleses, mas se recusou, terminantemente, a punir as autoridades brasileiras, que, segundo ele, agiram corretamente ao prender os arruaceiros.
Em represália à decisão do imperador, Christie ordenou o aprisionamento de cinco navios brasileiros que se encontravam no Oceano Atlântico e os manteve como reféns até que a atitude do governo brasileiro se alterasse. Em resposta à atitude do embaixador inglês, centenas de pessoas se manifestaram nas ruas do Rio de Janeiro, insultando comerciantes ingleses radicados na cidade.
Para arbitrar a questão diplomática envolvendo Brasil e Inglaterra, foi eleito o rei da Bélgica, Leopoldo I, que se manifestou a favor das atitudes do imperador Dom Pedro II e aconselhou o governo britânico a pedir desculpas ao Brasil, o que não ocorreu. Em 1863, as relações diplomáticas entre os dois países foram rompidas, apesar da manutenção dos contatos econômicos.
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