o que buscou o movimento índianismo?
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Resposta:
Vou explicar bem explicado
Explicação:
Na literatura brasileira, indianismo é o termo que faz referência à idealização do indígena, por vezes retratado como um mítico herói nacional. Foi uma das peculiaridades do romantismo no Brasil e que também possui uma extensão, menor que seja, nas artes plásticas brasileiras durante o século XIX.
Enquanto no continente europeu os românticos idealizavam o cavaleiro medieval, nesta nação não restava alternativa senão divinizar o indígena, já que no Brasil não se vivenciou historicamente a Idade Média.[1]
O indianismo de Castro Alves traz a poesia antiescravocrata, valorizando o cantar da natureza e o indianista. A poesia negra no Brasil, sobretudo, teve seu ápice com Cruz e Souza e Jorge de Lima.[2] Com a obra de José de Alencar o indianismo romântico é expressão do épico associado ao lírico em dimensões míticas. Faz críticas à sociedade carioca, cidade onde cresceu, levantando os aspectos negativos e os costumes burgueses. Nessas obras, há a predominância dos personagens da alta sociedade, com a presença marcante da figura feminina. Os pobres ou escravos são reduzidos ou quase não têm papel relevante nos enredos.[3] Já a obra de Gonçalves Dias faz referência a um caso de sentimento nativista; faz-se até sinônimo de independência em sua modalidade do indianismo romântico.[4] O Romance Indianista, tipicamente brasileiro, foi um das principais tendências do nosso Romantismo. O prestígio do indianismo - que trazia o índio e os costumes indígenas como foco literário - junto ao público foi amplo e imediato. Vários fatores contribuíram para a sua implantação. Dentre eles citamos:
As ideias do pensador iluminista e pré-romântico Jean Jacques Rousseau. Segundo ele o homem originalmente é puro, mas é corrompido ao entrar em contato com a civilização. Portanto, Rousseau via no homem primitivo o modelo de ser humano.
No Brasil, essas ideias encontraram plena aceitação entre os artistas e o público, já que nosso índio podia ser identificado como o bom selvagem de Rousseau; por não contarmos com a riquíssima matéria aventuresca medieval do romantismo europeu: o cavaleiro medieval representava a figura do herói romântico, justo fiel, corajoso, forte e ético.
No Brasil, o herói cavaleiro não poderia existir, pois não houve Idade Média, então, nosso índio passou a representar a pureza, a inocência do homem não corrompido pela sociedade, além de assemelhar-se aos heróis medievais. O próprio Brasil, recém-independente, passou a ser visto como uma espécie de "paraíso americano" a salvo da decadência cultural das civilizações portuguesa e europeia em geral.