O que as outras ciências acham da metafísica?
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Porque estamos num mundo descartável, onde a falsificabilidade das ciências impulsiona a mobilidade e a descartabilidade dos conhecimentos, dos meios de produção e, consequentemente, dos produtos gerados, logo o conceito de importância obedece a estes padrôes ideológicos. Tudo por causa de uma geração que banalisou e abandonou aos braços do ridículo tudo o que não pode ser demonstrado empiricamente ou tudo que se escapa aos sentidos humanos.
Neste horizonte de percepção, os frutos da Metafísica parecem tornar-se pseudo-soluções para os problemas que se apresentam à realidade, uma vez que não são demonstráveis empiricamente tão pouco são úteis, e do ponto de vista da falsificabilidade, por serem universais e abstractos, tornam-se indiscartáveis e ao mesmo tempo inúteis, pois só os conhecimentos descartáveis (falificaveis e mutáveis) podem gerar ciência e produtividade, segundo a consciência actual.
Falando em produtividade, parece ser esse um outro aspecto que torna a Metafísica menos útil do que as outras ciências, uma vez que se fazermos um giro utilitarista veremos que cada uma delas proporciona algo produtivo e prático para o bem estar individual e social do ser humano, já os produtos da obra Metafísica não parecem ser claros ou perceptíveis ao homem do senso comum ou, como quiz Platão com a alegoria da caverna, ao homem iludido e ofuscado pelas sombras da realidade, enquanto habitante voluntário ou involuntário da caverna.
As outras ciências produzem alimentos, tecnologias, saúde, telefones, políticas económicas ou jurídicas, iphones, computadores, indumentárias, entretenimentos, tecnologias, modas, beleza, frigoríficos, etc., já a Metafísica parece estar muito distante de produzir tais coisas, logo, se nada disso e tantas outras coisas a Metafísica é capaz de produzir, então resulta que ela é a menos importante dentre as ciências. E isso é verdade se levarmos o debate desde este ponto de vista; contudo, pensamos nós que a coisa melhora para a Metafísica e fica menos linda para as demais ciências se formos a levar a análise desde o ponto de vista da excelência do objecto de estudo de cada ciência. Mas essa análise fica para o ponto seguinte.
Mas podemos compreender ou refutar facilmente o que acima se disse se tentarmos perceber importância da Metafísica no diapazão da seguinte citação de São Tomas ( p. 84):
"As [ciências] teóricas, isto é, especulativas, diferem das práticas segundo a sua finalidade. O fim das especulativas é a verdade: elas pretendem o conhecimento da verdade. O fim das práticas é a obra, porque, embora pretendam conhecer a verdade, não a procuram todavia como fim último. Se, portanto, a sabedoria ou filosofia primeira não é prática, mas especulativa, seguir-se-á que corretamente deverá ser dita ciência da verdade. Mas porque muitas são as ciências especulativas que consideram a verdade, como a geometria e a aritmética, é necessário em seguida mostrar que a filosofia primeira maximamente considera a verdade, por causa de que é considerativa das primeiras causas."
Neste horizonte de percepção, os frutos da Metafísica parecem tornar-se pseudo-soluções para os problemas que se apresentam à realidade, uma vez que não são demonstráveis empiricamente tão pouco são úteis, e do ponto de vista da falsificabilidade, por serem universais e abstractos, tornam-se indiscartáveis e ao mesmo tempo inúteis, pois só os conhecimentos descartáveis (falificaveis e mutáveis) podem gerar ciência e produtividade, segundo a consciência actual.
Falando em produtividade, parece ser esse um outro aspecto que torna a Metafísica menos útil do que as outras ciências, uma vez que se fazermos um giro utilitarista veremos que cada uma delas proporciona algo produtivo e prático para o bem estar individual e social do ser humano, já os produtos da obra Metafísica não parecem ser claros ou perceptíveis ao homem do senso comum ou, como quiz Platão com a alegoria da caverna, ao homem iludido e ofuscado pelas sombras da realidade, enquanto habitante voluntário ou involuntário da caverna.
As outras ciências produzem alimentos, tecnologias, saúde, telefones, políticas económicas ou jurídicas, iphones, computadores, indumentárias, entretenimentos, tecnologias, modas, beleza, frigoríficos, etc., já a Metafísica parece estar muito distante de produzir tais coisas, logo, se nada disso e tantas outras coisas a Metafísica é capaz de produzir, então resulta que ela é a menos importante dentre as ciências. E isso é verdade se levarmos o debate desde este ponto de vista; contudo, pensamos nós que a coisa melhora para a Metafísica e fica menos linda para as demais ciências se formos a levar a análise desde o ponto de vista da excelência do objecto de estudo de cada ciência. Mas essa análise fica para o ponto seguinte.
Mas podemos compreender ou refutar facilmente o que acima se disse se tentarmos perceber importância da Metafísica no diapazão da seguinte citação de São Tomas ( p. 84):
"As [ciências] teóricas, isto é, especulativas, diferem das práticas segundo a sua finalidade. O fim das especulativas é a verdade: elas pretendem o conhecimento da verdade. O fim das práticas é a obra, porque, embora pretendam conhecer a verdade, não a procuram todavia como fim último. Se, portanto, a sabedoria ou filosofia primeira não é prática, mas especulativa, seguir-se-á que corretamente deverá ser dita ciência da verdade. Mas porque muitas são as ciências especulativas que consideram a verdade, como a geometria e a aritmética, é necessário em seguida mostrar que a filosofia primeira maximamente considera a verdade, por causa de que é considerativa das primeiras causas."
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