O que aconteceu com o número de casos de paralisia infantil no fim dos anos 1980
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A poliomielite é uma doença conhecida desde a antiguidade, porém foi somente no final do século XIX que a doença paralítica foi reconhecida como um problema significante, quando as epidemias começaram a aparecer no norte da Europa. A nomenclatura Poliomielite tem origem greco-latina, a saber “(pólios)” = cinzento, “(mielos)” = medula e “ite” = inflamação. Uma das primeiras descrições clínicas da doença como nós conhecemos até hoje, foi feita por HEINE, em 1840. Entretanto, em 1887, foi um professor de Estocolmo chamado MEDIN, que primeiro observou uma grande epidemia e descreveu as diversas formas clínicas da doença (CAMPOS et al., 2003).
Na impossibilidade de encontrar um nome que deixasse compreender todas as modalidades da paralisia infantil, Wickman, propôs ligar o nome deste grande observador, que foi Medin, ao de Heine, o primeiro , e chamá-la de “Moléstia de Heine-Medin”. Em 1905, o Dr. Wickman descreveu a natureza contagiosa da poliomielite e a existência de casos subclínicos da doença . Landstein e Popper, em 1908, descobriram que a doença era causada por um agente transmissível e, assim, começou-se lentamente a avançar em relação aos novos conhecimentos da doença. No Brasil, os primeiros relatos de casos esporádicos de poliomielite foram no início de 1911, em São Paulo pelo Dr. Luiz Hoppe – Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e no Rio de Janeiro pelo Dr. Oswaldo Oliveira no Hospital Misericórdia. Porém, a primeira descrição de um surto feita no país, foi feita pelo pediatra carioca Fernandes Figueira, também em 1911. Posteriormente, em 1917, Francisco de Salles Gomes descreveu outro surto em Vila Americana, estado de São Paulo (MAYNARD & HEADLEY, 2000).
Com o uso das vacinas, a poliomielite foi finalmente controlada, principalmente devido às campanhas de vacinação em massa em 1980. De um total de 1280 casos de poliomielite em 1980 em nosso país, após as campanhas de vacinação em massa em 1981 passamos a um número de 122 casos. Na metade dos anos 80, porém, tivemos a última epidemia de poliomielite no país que teve sua expressão máxima nos estados do nordeste. Os últimos isolamentos no Brasil foram em 1989, e desde então não tivemos mais casos de poliomielite selvagem no país (OLIVEIRA, 2002).
Neste artigo apresentamos uma breve revisão sobre a paralisia infantil; as estratégias adotadas pela OMS para sua erradicação, a situação epidemiológica atual da poliomielite nas diversas regiões do mundo e as dificuldades para a eliminação completa dessa doença.