o que a produçao de endorfina traz para o organismo
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ENDORFINA é uma substância natural (neuro-hormónio) produzida pelo cérebro (glândula hipófise). Sua denominação se origina das palavras endo (interno) e morfina (analgésico).
O número de estudos sobre a endorfina vem sendo bastante incrementado ultimamente, mas, por essas pesquisas serem realizadas na maioria das vezes em animais, muitas dúvidas ainda persistem. O que se sabe, com certeza é que a endorfina tem uma potente ação analgésica e ao ser liberada estimula a sensação de bem-estar, conforto, melhor estado de humor e alegria.
O processo de produção e liberação da Endorfina pela glândula hipófise acontece durante e depois de uma atividade física.
Há pessoas que não gostam tanto da prática de exercício, mas gostam da sensação de bem estar de tê-los feito. Assim sendo, a liberação de endorfina que gera a sensação de bem estar, provoca esse estado de plenitude que experimenta o praticante regular de atividade física.
Mas esta liberação de endorfina depende das características da atividade física que estamos praticando. Entretanto, como se trata de um mecanismo provocado pela adaptação do corpo ao exercício, ela vai sendo liberada gradualmente desde o início da atividade.
Em determinado momento, porém, essa produção de endorfina atinge um limiar de produção que a torna perceptível e surge a sensação de bem-estar que persiste mesmo depois de terminado o exercício.
Algumas pesquisas afirmam que os efeitos da endorfina são sentidos até uma ou duas horas após a sua liberação. Outros estudos observaram aumento das dosagens desse hormônio até 72 horas após o exercício.
A intensidade e a duração do exercício parecem ser responsáveis pela concentração de endorfina no sangue. Após exercícios de intensidade leve a moderada (menor que 60% do VO2 max) não foi verificado aumento da taxa de endorfina no sangue.
Um estudo comparativo entre um exercício aeróbio (com cargas crescentes de intensidade) e outro anaeróbio (com duração máxima de 1 minuto) encontrou concentrações plasmáticas aumentadas de endorfina de forma muito semelhante. No exercício aeróbio esse nível alto de endorfina foi encontrado após ter sido alcançado o limiar anaeróbio (cerca de 75% do VO2 max). Observou-se também relação direta entre as concentrações de endorfina e outros hormônios relacionados à atividade física como o ACTH e adrenalina.
Não existe um tempo de exercício pré-determinado a partir do qual a endorfina começa a ser liberada mais intensamente. Estudos, já citados acima, demonstraram que tanto exercícios aeróbios quanto anaeróbios podem provocar um aumento de sua concentração.
Estudos recentes apontam que a endorfina pode ter um efeito sobre áreas cerebrais responsáveis pela modulação da dor. Por essa razão, diversos recursos utilizados nos tratamentos e reabilitação de dores e lesões realizados pela fisioterapia, um exemplo a TENS (Eletroestimulação Estimulação Neural Transcultânea), se baseiam na liberação de endorfina para a promoção de analgesia (melhora da dor). Provavelmente parte da capacidade da acupuntura em aliviar a dor seja devida ao estímulo da liberação de endorfinas. Uma vez estimulados pelas agulhas nos terminais nervosos ("pontos") é gerado um impulso para aumentar a liberação de neurotransmissores no complexo supressor de dor, ou seja, é produzido o efeito analgésico na região cerebral. Além disso, ocorre liberação de endorfina no local inflamado.
Desta forma, para quem busca essa sensação de bem estar, conforto, diminuição de dores articulares e musculares, disposição, melhor estado de humor e alegria, nada melhor do que a prática de atividades física. Mas antes de qualquer pessoa iniciar a prática esportiva, se torna importante a realização de uma avaliação médica (feita pelo médico) e física (realizada por um educador físico), para que você conheça o seu nível de condicionamento físico, e seus limiares aeróbios e anaeróbios, e assim possa implementar no seu dia a dia a realização de uma atividade física e trabalhar de forma correta e segura.