o que a burguesia e o proletariado tinham em comum e oque os diferenciava.
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Resposta:
Segundo a teoria marxista tradicional, a opressão da 'luta de classes' ocorria pelo fato de que o proletariado era forçado a se submeter à burguesia em razão de esta ser a dona dos meios de produção.
Ou seja, como a burguesia era a dona das máquinas, dos equipamentos e das fábricas em que os operários do século XIX eram empregados, ela tinha o poder de fazer com que os indivíduos se sujeitassem a trabalhar para ela em troca de um salário. Consequentemente, a burguesia pertencia à "classe opressora".
Já os trabalhadores, que tinham de vender sua mão-de-obra a esta burguesia detentora dos meios de produção, pertenciam à "classe oprimida".
Ludwig von Mises esclareceu que a lógica de ver isso como uma opressão era, por si só, completamente errônea. Para começar, os proprietários das fábricas estavam, na realidade, gerando uma chance de emprego, uma renda crescente e, acima de tudo, possibilitando a sobrevivência da população mais pobre, que jamais teria acesso a esta melhoria em sua qualidade de vida caso continuasse no campo.
O capital não explorava o trabalhador. Ao contrário: ao fornecer ao trabalhador as máquinas e ferramentas de que ele necessitava para produzir bens e serviços que os consumidores valorizavam, ele aumentava a renda e o valor da mão-de-obra. Não fosse o capital disponibilizado pelos capitalistas (maquinário, ferramentas, matéria prima, insumos, instalações etc.), a mão-de-obra não teria como produzir estes bens demandados pelos consumidores. Consequentemente, os trabalhadores nem sequer teriam renda.
Ainda neste contexto, Mises também apontou que os produtos que revolucionaram a qualidade de vida à época estavam sendo agora barateados e produzidos em larga escala para a humanidade graças exatamente à acumulação de capital da burguesia, a qual permitiu que tais produtos, pela primeira vez na história, passassem a ser fabricados em massa e para as massas.
Exatamente por isso, os primeiros anticapitalistas foram os ruralistas ingleses, que viram seus ex-servos migrarem voluntariamente para as cidades, que começaram a oferecer novas oportunidades de vida.
Fonte: Site Mises Brasil