Geografia, perguntado por samiraguimaraessg29, 4 meses atrás

O processo de migração é um fenômeno recente?

Soluções para a tarefa

Respondido por arthurssantiago55
1

Resposta:

Não,

Explicação: Desde a antiguidade migrar para lugares com melhores oportunidades de vida é um meio de sobrevivência do próprio.

Respondido por 99victor99
0

Re

No debate público, o fenômeno migratório é majoritariamente tratado como “um problema e uma ameaça para as sociedades” e, por isso, imigrantes e refugiados “precisam ser controlados, regulados ou mesmo contidos”, pontua Denise Cogo à IHU On-Line na entrevista concedida por e-mail. Apesar dessa narrativa, a jornalista frisa a importância de “desconstruirmos alguns desses discursos produzidos e reproduzidos historicamente em relação ao ‘não nacional’ ou ao ‘estrangeiro’ e compreendermos as migrações como uma experiência humana que historicamente traz contribuições sociais, culturais, políticas e econômicas às sociedades, assim como pensar a mobilidade como um direito humano e universal”. É importante compreender também, explica, que “os movimentos migratórios são condicionados por uma multiplicidade de fatores de ordem macro e microrrelacionados a cenários geopolíticos internacionais e nacionais, como o das crises econômico-políticas, das guerras, dos governos autoritários e ditatoriais, dos desastres ambientais, das mudanças nas políticas de controle de fronteiras e de entrada de imigrantes em cada espaço nacional”.

Para que uma narrativa positiva sobre o fenômeno migratório seja possível, explica, “precisamos desnaturalizar a ideia de fronteiras geográficas e de nacionalidade e entendê-las como uma construção histórica que decorre de disputas geopolíticas, socioculturais e econômicas. Ou seja, os territórios ou países onde nascemos não surgiram naturalmente e, no decorrer da história, foram e vão assumindo outras configurações como decorrência também dessas disputas”. Como exemplos contemporâneos de reordenamentos nacionais, ela menciona o caso dos países do Leste Europeu e as lutas por independência na Espanha. Nesse contexto de reconfiguração dos fluxos migratórios, informa, “não são os países do hemisfério norte que abrigam a maioria dos deslocados do mundo. Dados de 2017 da Acnur (Agência da ONU para Refugiados) indicam que 85% das pessoas refugiadas vivem em países empobrecidos que recebem uma ajuda escassa para seu atendimento. Quatro de cada cinco refugiados vivem em países vizinhos aos seus países de origem. A Turquia continua a ser o país que mais abriga refugiados no mundo, com 3,5 milhões de pessoas, seguida do Paquistão, Uganda, Líbano e Irã”.

Coorganizadora do Guia das Migrações Transnacionais e Diversidade Cultural para Comunicadores – Migrantes no Brasil, Denise tem pesquisado o fenômeno migratório e analisado seu tratamento na imprensa. Embora o espaço para a cobertura das migrações contemporâneas seja “menos marginal” nos dias de hoje do que foi no passado, a pesquisadora pontua que existe uma diferença entre “estar na mídia” e “como se está na mídia”. Ela explica: “Cabe refletir que ‘estar na mídia’ não equivale a ‘como se está na mídia’, ou seja, na possibilidade do imigrante ou o refugiado participar ou intervir individual ou coletivamente nos modos como tem sido representado”. Denise lembra o episódio envolvendo o menino sírio Aylan Kurdi, encontrado morto em uma praia da Turquia. A imagem dele, menciona, “foi replicada exaustivamente em mídias digitais de todo mundo, gerando grandes mobilizações inclusive de ativistas nas redes sociais. Contudo, essa mobilização pautada no compartilhamento da imagem de Aylan em espaços das mídias como forma de denúncia e sensibilização para sua morte, pode não ter contribuído, como se desejava ou imaginava, para cessar as mortes de imigrantes no Mediterrâneo e nem promover uma melhoria nas políticas de acolhida de refugiados em países europeus. Os dados divulgados pela ONG Save The Children revelaram, por exemplo, que, um ano após a morte do menino sírio, ao menos outros 423 menores morreram afogados no Mediterrâneo, tentando chegar à Europa”.sposta:

Explicação:

Perguntas interessantes