O presente desafio o instiga a imaginar-se enquanto um pedagogo de uma renomada instituição de ensino, que deve apresentar um texto para um grupo de professores, expondo de forma clara, objetiva e coesa algumas reflexões do campo da Pedagogia concernentes ao processo de avaliação. As questões que devem ser tratadas em seu texto giram em torno das seguintes: quem e o que se deve avaliar? Quais são os sujeitos e os objetos das avaliações? Você deve se portar como um pedagogo em uma reunião pedagógica, devendo apresentar para o grupo de professores daquela instituição as justificativas plausíveis às reflexões que fazem parte de sua proposta inicial.
Mãos à obra!
Orientações para resposta
1. Dê um título para seu texto.
2. O texto deverá ser escrito em caráter dissertativo.
Soluções para a tarefa
Resposta:
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Reflexões pertinentes acerca das práticas avaliativas
As práticas avaliativas existentes hoje na escola devem-se mais aos hábitos e costumes acumulados de uma tradição escolar, cuja função básica foi seletiva e propedêutica. Numa concepção do ensino centrado na seleção dos alunos mais preparados para continuar a escolarização até os estudos universitários, é lógico que o sujeito de avaliação seja o aluno e que se considerem objeto da avaliação as aprendizagens alcançadas em relação às necessidades futuras que foram estabelecidas — as universitárias. Desta forma, se dá prioridade a uma clara função sancionadora: qualificar e sancionar desde pequenos aqueles que podem triunfar nesta carreira até a universidade. No entanto, podemos entender que a função social do ensino não consiste apenas em promover e selecionar os "mais aptos" para a universidade, mas que abarca outras dimensões da personalidade. Quando a formação integral é a finalidade principal do ensino e, portanto, seu objetivo é o desenvolvimento de todas as capacidades da pessoa e não apenas as cognitivas, muitos dos pressupostos da avaliação mudam.
Em primeiro lugar, e isto é muito importante, os conteúdos de aprendizagem a serem avaliados não serão unicamente conteúdos associados às necessidades do caminho para a universidade. Será necessário, também, levar em consideração os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais que promovam as capacidades motoras, de equilíbrio e de autonomia pessoal, de relação interpessoal e de inserção social. Uma opção desta natureza implica uma mudança radical na maneira de conceber a avaliação, posto que o ponto de vista já não é seletivo, já não consiste em ir separando os que não podem superar distintos obstáculos, mas em oferecer a cada um dos meninos e meninas a oportunidade de desenvolver, no maior grau possível, todas suas capacidades.
O objetivo do ensino não centra sua atenção em certos parâmetros finalistas para todos, mas nas possibilidades pessoais de cada um dos alunos. O problema não está em como conseguir que o máximo de meninos e meninas tenham acesso à universidade, mas em como conseguir desenvolver ao máximo todas as suas capacidades, entre elas, evidentemente, aquelas necessárias para chegar a serem bons profissionais. Tudo isto envolve mudanças substanciais nos conteúdos da avaliação e no caráter e na forma das informações que devem se proporcionar sobre o conhecimento que se tem das aprendizagens realizadas, considerando as capacidades previstas. Por enquanto, digamos unicamente que se tratam de informações complexas, que não combinam com um tratamento estritamente quantitativo; referem-se a valorações e indicadores personalizados que raramente podem se traduzir em notas e qualificações clássicas.
Explicação: