O pregador há de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como as estrelas. Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça favor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte está branco, de outra há de estar negro; se de uma parte está dia, de outra há de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão de dizer subiu.
O fragmento acima, pertencente ao Sermão da Sexagésima, o padre Antônio Vieira mostra uma tendência muito comum em sua obra:
I – Uso das antíteses com o propósito deliberado de equilibrar os anseios espiritualistas e teocêntricos da Idade Média com os materialistas e antropocêntricos do Renascimento.
II – Critica os exageros formais dos pregadores cultistas, que usavam e abusavam das antíteses, tornando o estilo obscuro.
III – Defende o apuro formal dos pregadores gongoristas, vendo nele uma forma mais adequada de convencer e converter o fiel.
Interpreta corretamente o que se afirma apenas em:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III
Soluções para a tarefa
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5
Resposta:
letra B é a resposta correta
Explicação:
eu fiz no meu Google Forms e essa é a resposta correta
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2
Resposta:
II
Explicação:
No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra xadrez tem o objetivo de criticar a preocupação com a simetria do sermão.
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