O poeta português Luís Vaz de Camões (1524-1580) descreveu uma doença muito comum entre os marinheiros da época na sua obra-prima, Os Lusíadas (Canto V, estrofes 81 e 82):
“E foi que de doença crua e feia,
A mais que eu nunca vi, desampararam
Muitos a vida, e em terra estranha e alheia
Os ossos para sempre sepultaram.
Quem haverá que, sem o ver, o creia
Que tão disformemente ali lhe incharam
As gengivas na boca, que crescia
A carne, e juntamente apodrecia.
Apodrecia com um fétido e bruto
Cheiro, que o ar vizinho inficionava;
Não tínhamos ali médico astuto,
Cirurgião sutil menos se achava;
Mas qualquer, neste ofício pouco instruto,
Pela carne já podre assim cortava
Como se fora morta, e bem convinha,
Pois que morto ficava quem a tinha.”
Tomando como referências o poema e os seus conhecimentos, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
( ) A doença descrita no poema é o escorbuto e é decorrente da carência de ácido ascórbico.
( ) Os sintomas descritos no poema são decorrentes da deficiência na síntese de fibras de colágeno.
( ) A doença descrita no poema é o beribéri, consequência da deficiência de tiamina.
( ) Na dieta dos marinheiros de antigamente, as frutas cítricas ganharam destaque para evitar a doença descrita no poema.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Alternativas:
a)
V – V – V – V.
b)
F – V – V – F.
c)
V – V – F – V.
d)
F – F – F – V.
e)
V – F – F – V.
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Resposta:
1- C) V-V-F-V
2- E) Coenzimas / C / B1 / B2 / B3
3- D) I e III, apenas
4- C) fígado / E / K / A / D
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