o pode ser agravada caso abra-se brecha para o surgimento de mais novas variantes perigosas - que emergem em áreas onde o vírus consegue circular livremente.
"Vocês (brasileiros) ainda terão um abril terrível e potencialmente também um terrível inverno, caso haja uma nova variante que torne a vacina menos eficiente", prossegue Mokdad.
"Temos de ser muito cuidadosos. Será preciso conter as infecções e as variantes, para ter um inverno mais ameno e um próximo verão de celebração."
O inverno preocupa os infectologistas porque a estação mais seca e fria, com menos ventilação dos ambientes, traz condições ainda mais propícias para a circulação do coronavírus.
"O vírus é sazonal. No inverno passado, se pensarmos na Argentina, que tinha medidas rígidas em vigor e uso de máscara na casa dos 90%, mesmo assim a infecção cresceu", explica o médico.
'Honestamente, o governo não tem levado a pandemia a sério'
O fato de o Brasil estar tendo seu pico da pandemia justamente nos meses quentes do ano deixou Mokdad mais alarmado. Segundo sua avaliação, ainda estamos pagando o preço do relaxamento das medidas de distanciamento social no final do ano passado, que facilitou o avanço da perigosa variante P.1, originada no Brasil.
A conclusão vem da análise de dados de mobilidade gerados pelo deslocamento de celulares.
"O que aconteceu no país foi um relaxamento nas medidas de distanciamento social: o governo não colocou medidas em vigor a tempo, e as pessoas relaxaram, voltaram à vida normal, como se não houvesse covid-19. A nova variante fez com que as infecções ocorressem mesmo em comunidades onde 60% ou 70% das pessoas já haviam sido infectadas", diz Mokdad.
"Isso significa que infecções prévias não oferecem boa imunidade contra essa nova variante. Pessoas infectadas antes podem se infectar de novo. E isso significa também que as vacinas não serão tão eficientes, o que também preocupa."
"Agora, as pessoas mudaram seu comportamento, reduziram sua mobilidade e estão usando mais máscaras, então os casos estão baixando. (...) Em dezembro, basicamente, estava todo mundo se movendo em níveis iguais aos de antes da pandemia", diz o médico.
"O uso de máscaras (segundo pesquisas de opinião) estava em 58% em dezembro, e agora subiu para 69%. (...) A questão de longo prazo para o Brasil é: será que os brasileiros conseguirão manter essa melhora de comportamento para conter o vírus, ou permitirão um novo surto, como esperamos que aconteça no inverno?"
"E o grau desse surto dependerá de comportamentos a partir de agora e de ações do governo. Infelizmente para o Brasil, honestamente, o governo não
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