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Explicação:
O que é planejamento estratégico situacional?
Idealizado e desenvolvido pelo economista chileno Carlos Matus no início da década de 1970, o Planejamento Estratégico Situacional (PES) é uma metodologia criada, inicialmente, para lidar enfrentando os desafios da administração pública.
Com o passar dos anos, o PES ganhou força no meio corporativo e hoje é utilizado em várias organizações como uma alternativa ao planejamento estratégico tradicional.
Diferentemente da abordagem tradicional, a flexibilidade é a palavra-chave no planejamento situacional. Os planos de ação elaborados podem passar por adaptações e reformulações de acordo com o comportamento de diferentes variáveis situacionais.
Se no planejamento tradicional há pouca ou nenhuma possibilidade de improvisar ou redesenhar estratégias, no situacional valoriza-se o improviso e a flexibilização do que foi previamente estabelecido.
Segundo o próprio Carlus Matus, o PES foge do determinismo e da estaticidade dos problemas, algo presente no método tradicional.
Além disso, o Planejamento Estratégico Situacional leva em consideração o atual momento que a empresa está vivendo na hora de propor as ações, sem deixar de considerar também as mudanças constantes às quais a organização pode estar sujeita.
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As variáveis do Planejamento Estratégico Situacional
Para saber o que é Planejamento Estratégico Situacional, é preciso compreender também que essa metodologia leva em conta dois tipos básicos de variáveis: as controláveis e as não controláveis.
Variáveis controláveis
As variáveis controláveis são aquelas sobre as quais a organização consegue exercer o controle direto. Por isso, são relevantes para que os objetivos propostos no planejamento possam ser alcançados.
Exemplos: produtos, preços, distribuição, marketing etc.
Variáveis não controláveis
As variáveis não controláveis são aquelas que fogem ao controle da organização. Há três tipos:
Invariantes: variáveis que não se pode controlar, mas se pode prever seus comportamentos. Exemplo: mercado financeiro, câmbio etc.
Variantes: variáveis que não se pode controlar nem prever comportamentos. Exemplo: concorrência.
Surpresas: variáveis com poucas chances de ocorrer, mas capazes de impactarem os objetivos do planejamento. Exemplo: acidentes, desastres naturais etc.
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Como o Planejamento Estratégico Situacional funciona na prática?
Saber o que é Planejamento Estratégico Situacional não basta; é preciso entender como ele funciona na prática.
Em vez de etapas, como pode ser observado no planejamento tradicional, Matus segmenta o PES em momentos.
Vamos a eles:
Momento Explicativo
Neste primeiro momento, identificam-se, descrevem-se e explicam-se todos os problemas que se pretende solucionar com o PES.
Tais problemas precisam ser devidamente categorizados de acordo com o grau de prioridade e de impacto que cada um deles exerce sobre a organização.
Aqui não se deve considerar apenas indicadores, pesquisas e avaliações; é necessário levar em consideração também as circunstâncias reais de cada problema.
Momento Normativo
No momento normativo, é definida uma situação ideal; ou seja, uma descrição de como tudo deveria ser em condições ideais.
Em outras palavras: os resultados que deveriam ser alcançados se tudo transcorresse exatamente como planejado, sem desvios e surpresas.
Momento Estratégico
Neste terceiro momento, diferentemente do normativo, são colocadas as adversidades que você poderá enfrentar durante o processo de implementação do seu planejamento estratégico.
Para isso, é necessários averiguar as possíveis contradições entre os objetivos estabelecidos, a disponibilidade de recursos para viabilizar o projeto, a burocracia dos processos, a probabilidade de dar tudo errado e quais fatores podem contribuir para que isso aconteça.
Momento Tático-Operacional
O último momento do PES trata da execução e do monitoramento das ações que se pretende implementar.
Para isso, é preciso delegar atividades, definir prazos e orçamentos, organizar como tudo vai ser feito, supervisionar cada agente envolvido, prestar contas e promover a avaliação e a melhoria contínua.
Ou seja, é preciso acompanhar os efeitos de cada uma das ações previstas no planejamento para, então, saber se há necessidade de alterar o percurso.
Confira este modelo esquemático dos 4 momentos do Planejamento Estratégico Situacional:
Fonte: Scielo