Português, perguntado por Robson1335, 8 meses atrás

O peru de Natal
O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de
meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequências
decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos
familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato
da felicidade: gente honesta, sem crimes, Iar sem
brigas internas nem graves dificuldades econômicas.
Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai,
ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade
incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele
aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades
materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição
de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado,
quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres.
ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros
do século. São Paulo: Objetiva, 2000. [Fragmento]
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No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom
confessional do narrador em primeira pessoa revela uma
concepção das relações humanas marcada por
A. distanciamento de estados de espírito acentuado pelo
papel das gerações.
B. relevância dos festejos religiosos em família na
sociedade moderna.
C. preocupação econômica em uma sociedade urbana
em crise.
D. consumo de bens materiais por parte de jovens, adultos
e idosos.
E. pesar e reação de luto diante da morte de um familiar
querido.

Soluções para a tarefa

Respondido por Usuário anônimo
24

Resposta: Opção A

Explicação: No texto, fica claro o confronto entre gerações. O pai “puro-sangue dos desmancha-prazeres”, para o locutor, era uma barreira para os pequenos prazeres medíocres. A morte de seu pai marcou o fim dos entraves causados pelo regime patriarcal recheado de frieza e formalidade e permitiu que a família pudesse fazer reuniões prazerosas, como uma festa de natal.  

Resposta proveniente do site Descomplica. Espero ter ajudado. Bons estudos ♥

Respondido por yuri14rodrigues
7

É possível identificar que no conto de Mário de Andrade, o narrador e personagem principal tenta lidar com a morte do seu querido e ranzinza pai, durante a noite de Natal (item E).

No texto em questão, é possível determinar que o narrador está sofrendo por dentro, pois o seu pai, apesar da figura que não era muito carinhosa ou envolvida com o Natal e os bons sentimentos que rondam esta data era presente.

A falta da sua presença na noite da ceia foi algo que todos que estavam por ali perceberam. O pai do narrador é visto como um "desmancha-prazeres", porém, muito querido.

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