Português, perguntado por gustavobredoff544, 7 meses atrás

O perigo das redes sociais
Por Paulo Pereira de Almeida
Existem milhões de pessoas em todo o mundo ligadas às chamadas redes sociais
virtuais. Sendo um espaço virtual em que - por definição - o contato fisico não existe, e
tratando-se de um lugar onde é fácil cada um "inventar" uma personagem ou uma
personalidade, todo o cuidado é pouco. E não basta que as pessoas continuem a encarar com
boa-fé as tecnologias e a pensar que "do outro lado" encontram alguém sério ou bem-
intencionado: se a prevenção não é suficiente - e creio que se começa a perceber que não -
então é urgente que se regule a sua utilização.
Por exemplo, ainda recentemente a Legal & General, uma empresa seguradora, alertava
os seus clientes, a partir dos dados de um estudo, para um novo método de atuação de
assaltantes: percebendo que basta adicionar as pessoas no Twitter ou no Facebook como
"amigos", e sendo estes pedidos muitas vezes aceitos, os assaltantes descobriram que os
utilizadores acabaram depois por contar o que vão fazer no feriado ou nas férias ou o que
compraram de novo. O mesmo estudo concluiu - muito surpreendentemente - que 38% das
pessoas que usam redes sociais publicam informações detalhadas sobre os planos para o
feriado e 33% dão informações acerca dos seus hábitos de fim de semana, designadamente se
vão passá-lo fora de casa. Um outro dado - recente mas também alarmante - vem de um
estudo da Opinion Matters: tendo enviado cem convites a estranhos selecionados ao acaso,
concluiu-se que 92% das pessoas aceitaram os convites no Twitter, sem qualquer verificação.
Além disso, 13% dos homens facultaram o seu número pessoal de celular, contra apenas 7%
das mulheres. Ainda no plano desta "nova criminalidade digital" importa recordar que a Polícia
Judiciária (PJ) considera preocupantes os sequestros com abusos sexuais, ligados à Internet,
que atingem sobretudo as mulheres entre os 12 e os 15 anos, os alvos preferenciais destes
predadores que muitas vezes são cadastrados. E se em Portugal, em 2009, e também segundo
os dados da PJ, foram participados mais de três mil desaparecimentos e apenas dez - seis
adultos e quatro crianças continuam ainda desaparecidos, a verdade é que o número de
situações de abuso potenciadas pelas redes virtuais tem continuado a aumentar.
Por tudo isto, parece-me ser do relevante interesse de todos que se exija uma maior
regulação e um enquadramento legal na utilização da Internet e das redes sociais. Tratando-se
de um espaço onde se reproduzem - em espelho - os mesmos mecanismos de desvio às
normas e os mesmos comportamentos que, noutro local, são considerados como fora da lei, é
no mínimo espantoso que este continue a ser um espaço sem lei. E se advogo uma maior
atenção para esta matéria é porque estou bem ciente das vantagens para todos, mas
sobretudo - e muito em particular - para os utilizadores mais frágeis e propensos a situações de
abuso. É que facilitar e contemporizar com as utilização das redes virtuais equivale a dar um
automóvel ligeiro a um condutor menor e sem habilitação: este até poderá conduzir uns
quilómetros sem incidentes, mas quando estiver numa situação mais perigosa a probabilidade
de ser envolvido numa situação de acidente aumentará de um modo exponencial. Como se
percebe, também nesta matéria da utilização livre das redes sociais todo o cuidado é pouco e -
infelizmente - até agora parece que não tem sido nenhum...
Disponivelem http://www.dn ptinicio/opiniao/interior aspx?content_id=13654178 seccao=Paulo%20Pere
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1º CADERNO PEDAGÓGICO - 9°​

21- Identificar qual a tese defendida pelo autor do texto:

Soluções para a tarefa

Respondido por emanueldrumond2008
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Resposta:

não , nem sempre . As vezes as pessoas demonstram ser uma coisa na vida virtual e na vida real são totalmente diferentes!.

Explicação:

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