O pavão
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! Minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
BRAGA, R. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2005.
No texto, o autor procura convencer o leitor de que o amor é uma ilusão. Para isso, ele utiliza como estratégia argumentativa o(a)
a) explicação técnica de como se dá o brilho na cauda do pavão e no reflexo da água.
b) argumento de que a beleza da cauda do pavão é resultado das gotas d'água que o abrilhantaram.
c) descrição de como os olhos se iludem com os reflexos de luz que enxergam na cauda do pavão.
d) comparação com o efeito de luz na cauda do pavão e com o resultado do trabalho de um grande artista.
e) narrativa detalhada do processo de produção de matizes de luz, como a que vemos na cauda do pavão.
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Letra B: o argumento de que a beleza da cauda do pavão
é o resultado das gotas d'água que o abrilhantam
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