O ouro da biotecnologia
Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica - ou o que restou dela - são invejadas no mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista (“Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas. Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em breve de ser uma enorme fonte “potencial” de alimentos, cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela o será de fato - e de forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas. Com sua pesquisa científica carente, indefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros - que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão.
Uma frase que resume a ideia principal do texto é:
A. O Brasil não transforma riqueza natural em financeira.
B. A Amazônia deixará de ser fonte potencial de alimentos.
C. Os índios deixam animais e plantas serem levados.
D. Os estrangeiros registraram diversos produtos.
glamourlari:
Scr
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a) O Brasil não transforma riqueza natural em financeira. Correto: A ideia central do texto é destacar que apesar da biodiversidade e dos avanços tecnológicos no Brasil, estes recursos não são convertidos em riquezas financeiras.
b) A Amazônia deixará de ser fonte potencial de alimentos. Incorreto: Existe esta afirmação no texto, mas essa não é a ideia central a ser transmitida pelo autor.
c) Os índios deixam animais e plantas serem levados. Incorreto: Apesar de o texto citar essa passagem, ele o menciona com a intensão de explicitar que, até mesmo os povos nativos do Brasil, colaboram com a ilegalidade e vendem suas próprias riquezas para outros países.
d) Os estrangeiros registraram diversos produtos. Incorreto: O texto deixa claro que estrangeiros já registraram produtos nativos do Brasil para mostrar ao leitor que nós "deixamos" que outro país levasse todo o lucro em cima daquele artefato que nos pertencia.
b) A Amazônia deixará de ser fonte potencial de alimentos. Incorreto: Existe esta afirmação no texto, mas essa não é a ideia central a ser transmitida pelo autor.
c) Os índios deixam animais e plantas serem levados. Incorreto: Apesar de o texto citar essa passagem, ele o menciona com a intensão de explicitar que, até mesmo os povos nativos do Brasil, colaboram com a ilegalidade e vendem suas próprias riquezas para outros países.
d) Os estrangeiros registraram diversos produtos. Incorreto: O texto deixa claro que estrangeiros já registraram produtos nativos do Brasil para mostrar ao leitor que nós "deixamos" que outro país levasse todo o lucro em cima daquele artefato que nos pertencia.
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Resposta:
habilidades-identificar a tese de um texto
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