O olho faltando Era uma vez um homem que não tinha olhos. A sua mãe também era como ele. A sua mulher também e, por incrível que pareça, a mãe dela também. Os quatro moravam em um casebre e eram muito, muito pobres. A casa, que tinha sido construída pelo homem, era torta, mas lhes servia como abrigo. Eles viviam de alguma pequena colheita que mal dava para alimentá-los. Um dia, depois de conversarem sobre as possibilidades de alterarem o destino, resolveram se mudar dali. Fariam uma viagem e, quem sabe, a sorte poderia mudar? Talvez em um lugar diferente pudessem ter uma vida melhor. Com essa ideia na cabeça, juntaram o pouco que tinham e saíram os quatro de casa. Depois de andarem por algum tempo, o homem tropeçou em alguma coisa. Ele se abaixou, começou a tatear com cuidado e pegou uma pequena bola escorregadia. Prestando atenção, percebeu que aquilo era um olho. Imediatamente, ele o colocou e, pela primeira vez em sua vida, conseguiu enxergar. O homem ficou completamente deslumbrado como que viu sua esposa era ainda mais linda do que poderia ter suposto. Sua mãe e sua sobra já estavam mais envelhecidas do que imaginava. Quando ele olhou para baixo, viu que havia mais bolas escorregadias pelo chão. Pegou uma por uma, com cuidado. Eram mais seis olhos. Há um velho ditado que diz: “em terra de cegos que tem um olho é rei”. Mas o homem percebeu que, com todos aqueles olhos, três deles poderiam ficar com dois olhos, o que seria invejável, enquanto apenas um deles ficaria com um olho só. Assim, pôs-se a pensar: será que ele, que havia achado os olhos, tinha direito de ficar com os dois ou deveria ceder o seu direito? Será que sua mãe e sua sogra precisariam tanto de dois olhos? Será que sua esposa preferiria ver a sua mãe enxergando melhor do que ela mesma? Será que ele suportaria ver a esposa com um olho só? Afinal, qual deles deveria ficar com apenas um olho? RUBINSTEIN, Andi; MONTEIRO, Madalena. O filho do caçador e outas histórias-dilema da África. São Paulo: Panda Books,2013.
1) Dê sequência à história, criando uma solução para o dilema apresentado
alguem me ajudaaaaaaa rapido
Soluções para a tarefa
Após muito tempo pensando sobre como resolver o dilema de quem ficaria com os dois olhos, o homem apresentou o problema para sua esposa, sua mãe e sua sogra.
A primeira ideia que eles tiveram era de abandonar o olho que sobrava para outro afortunado encontrar e que eles seguiriam cada um apenas um olho. Estavam muito felizes com essa decisão. Até que a sogra do homem teve uma ideia que ela julgou ser melhor.
A sogra sugeriu que cada um ficaria com um olho e o outro ficaria guardado para quando o homem e a mulher tivessem um filho, o bebê poderia utilizar aquele olho casa ele também nascesse em nenhum dos olhos.
A sugestão foi aceita e um ano depois, o casal teve um bebê que herdou dos pais e avós a condição de não ter olhos. Assim que o bebe nasceu a avó paterna dele colocou o olho que sobrava em sua órbita e o bebê cresceu conseguindo ver.
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