O nazifascismo
Nos países atingidos pela Grande Depressão, uma onda de insatisfação e de contestações populares passou a assustar as camadas dominantes e a classe média. Temia-se que essa movimentação desembocasse em revoluções socialistas, a exemplo da URSS. Isso motivou as elites de diversos países a apoiar grupos de extrema direita, como na Itália, na Alemanha, na Espanha e em Portugal, que impediram o avanço da esquerda.
Os partidos de extrema direita, conhecidos como fascistas, propunham a construção de um Estado forte, centralizado, nacionalista, anticomunista e autoritário. Para chegar ao poder, utilizavam práticas violentas e intensa propaganda política.
Totalitarismo
O conceito de totalitarismo não se restringe ao autoritarismo. Este último é apenas uma das características dos regimes totalitários.
Segundo pesquisadores, o totalitarismo é uma forma de governo na qual o Estado concentra todos os poderes e regulamenta aspectos da vida pública e privada dos cidadãos. Ele se opõe ao Estado liberal, uma vez que se baseia em uma ditadura monopartidária, centrada na figura de um líder. No regime totalitário, a polícia política e a propaganda, controladas por esse líder, espalham o clima de terror por toda a sociedade, perseguindo seus opositores e grupos acusados pelos problemas existentes naquele país: em geral, minorias étnicas, homossexuais e opositores políticos.
Como define o filósofo político Norberto Bobbio:
Os elementos constitutivos do Totalitarismo são a ideologia, o partido único, o ditador e o terror. [...]
Fascismo italiano
O Partido Fascista Italiano foi organizado por Benito Mussolini logo depois da Primeira Guerra Mundial, com o apoio de industriais preocupados com a ascensão dos movimentos de esquerda no país.
Em 1922, liderados por Mussolini, mais de 50 mil camisas negras, militantes que atacavam violentamente seus adversários na cidade e no campo, realizaram a chamada Marcha sobre Roma, dirigindo-se ao rei Vítor Emanuel III para lhe exigir o poder, objetivo que foi conquistado. Apoiados pela burguesia, os fascistas eliminaram seus adversários com prisões, torturas e fraudes eleitorais. Outros partidos políticos foram cassados, a imprensa dominada e o Parlamento substituído por um órgão atrelado ao partido fascista. Instaurava-se uma ditadura violenta e totalitária.
Em 1929, o Tratado de Latrão criou dentro de Roma o Estado do Vaticano, obtendo a adesão do clero italiano. Solucionava-se, assim, uma pendência com a Igreja Católica existente desde a unificação italiana no século XIX. Mussolini incentivou o desenvolvimento agrícola, industrial e militar e promoveu a expansão territorial, chegando a invadir a Etiópia, na África, em 1935.
O nazismo na Alemanha
A derrota alemã na Primeira Guerra Mundial e os efeitos humilhantes do Tratado de Versalhes criaram as condições para o nascimento e desenvolvimento do nazismo. O movimento nazista foi organizado por Adolf Hitler, líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, integrado por ex-oficiais e pequenos comerciantes racistas, antissemitas e anticomunistas.
Em 1923, a República de Weimar passava por sua pior crise. As finanças públicas saíram do controle e a inflação superou 17 000%. Aproveitando-se da crise, Hitler tentou um golpe de Estado, o Putsch (golpe) de Munique, apoiado pela Sturmabteilung, as Seções de Assalto (SA), grupo paramilitar que intimidava e perseguia adversários, em especial comunistas e judeus. O plano fracassou e Hitler foi preso. Na prisão, escreveu o livro Mein Kampf (Minha luta), no qual expôs suas ideias políticas fundadas no totalitarismo, nacionalismo, racismo e expansão territorial. No final dos anos 1920, a economia alemã se recuperou e os nazistas perderam força política.
A ascensão de Hitler
Com a Crise de 1929, a economia alemã voltou a mergulhar no caos, com agitações sociais e políticas e o crescimento dos partidos de esquerda. Parcela expressiva da população – sobretudo, da classe média – apoiou as propostas extremistas dos nazistas. A popularidade de Hitler aumentou entre os trabalhadores, animados com as promessas de aumentos salariais, reforma agrária e anulação das dívidas dos camponeses, e também entre os empresários, que temiam a força política dos comunistas.
2 - Identifique as principais características dos regimes nazifascistas.
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Resposta:
Ambos os regimes advêm de uma direta resposta contrária ao comunismo, tendo como características um governo autoritário, nacionalista e imperialista, além da exaltação militar e a hierarquização da sociedade, em que a população de um país deveria se sujeitar a um líder forte que iria liderar a nação para a prosperidade.
edueduar455:
obrigado
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