O nascimento da crônica
Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.
(...)
Esse é o parágrafo inicial de um texto metalinguístico de Machado de Assis.
A julgar pelos exemplos que o escritor nos fornece sobre a forma de iniciar-se uma crônica, pode-se afirmar que um bom início conteria
Auma oração sem sujeito.Bum sujeito indeterminado. Cuma frase nominal. Dum sujeito composto. Eum oração com sujeito simples.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
Olá, tudo bem?
O exercício é sobre metalinguagem.
A) uma oração sem sujeito.
É uma verdadeira boa ideia começar uma cronica com uma oração sem sujeito. Por exemplo: Choveu! Mesmo contra todas as previsões, choveu.
B)um sujeito indeterminado.
Também é uma grande sacada iniciar uma crônica com um sujeito indeterminado, gera expectativa para saber de quem falamos. Por exemplo: Roubaram o álcool gel das prateleiras da farmácia. A polícia desconfia do próprio dono.
C)uma frase nominal.
Não é uma boa ideia para o autor, ir dando uma substantivação logo no início, parecendo tarefa escolar. Por exemplo: Os políticos votaram ontem a emancipação da onça pintada,agora ela poderá viver entre os humanos e correr livremente na rua. Lógico, tudo depende do que se escreve.
D)um sujeito composto.
Não é esta a intensão do autor, ele não quer ter sujeito quem dirá o composto.
E) um oração com sujeito simples.
Também não é essa a intenção do autor. Ele quer começar com uma frase de efeito, que abra o leque para a humanidade e não para um sujeito só.
Saiba mais sobre metalinguagem acesse aqui:
https://brainly.com.br/tarefa/4389536
Sucesso nos estudos!!!
A alternativa correta é a letra C), uma frase nominal
Os dois exemplos dados por Machado são de frases nominais: "Que calor!" e "Que desenfreado calor!"
As frases nominais têm sentido completo, mas não possuem verbo, como as orações.