O nacionalismo na escultura
Na estatuária a cidade de São Paulo saiu na frente da cidade do Rio de Janeiro em relação à modernidade dos monumentos, pois a capital do governo já tinha sido enfeitada no século anterior com monumentos à francesa.
O poder público paulista utilizou concursos públicos para a escolha das estátuas e monumentos para enfeitar as praças somente na segunda década do século XX, já dentro do espírito nacionalista[1]. Dentre os nomes dos artistas escultores que concorreram ao concurso para o projeto do Monumento à Independência[2] encontravam-se Éttore Ximenez (1855-1926) e Nicola Rollo (1889-1917)
Entre os concorrentes para o projeto do Monumento às Bandeiras[3] estava Victor Brecheret (1894-1955). Porém o projeto modernista de Brecheret só foi inaugurado em 1953 para o Parque do Ibirapuera em São Paulo.
[1]1922 foi um ano crítico para o governo brasileiro, repleto de disputas políticas e levantes militares. Provavelmente por isso mesmo e para mostrar que fazíamos parte do mundo civilizado, convinha comemorar com toda a pompa o Centenário da Independência. O governo do presidente Epitácio Pessoa não poupou esforços nem recursos para fazê-lo. Mudou a face do Rio de Janeiro, então capital federal, para celebrar a data e sediar um importante evento a Exposição Universal do Rio de Janeiro.
[2]O Monumento à Independência foi criado em 1922 como parte das comemorações do centenário da emancipação política brasileira. Em 1917, o Governo do Estado organizou um concurso, aberto à participação de artistas brasileiros e estrangeiros que apresentaram projetos e maquetes. O conjunto de maquetes foi exposto no Palácio das Indústrias. O meio cultural fez críticas à realização do concurso, à participação de artistas estrangeiros e à composição da comissão julgadora. O projeto vencedor foi o do artista italiano Ettore Ximenes, cuja aprovação não teve a unanimidade da comissão, que estranhou a ausência de elementos mais representativos do fato histórico brasileiro a ser perpetuado. O projeto de Ximenes foi então alterado, com a inclusão de episódios e personalidades vinculados ao processo da independência, tais como: a Revolução Pernambucana de 1817, a Inconfidência Mineira de 1789, as figuras de José Bonifácio de Andrada e Silva, Hipólito da Costa, Diogo Antonio Feijó e Joaquim Gonçalves Ledo, principais articuladores do movimento. O monumento, embora não concluído, foi inaugurado em 7 de setembro de 1922, ficando completamente pronto somente quatro anos depois.
[3]Finalmente, em 25 de janeiro de 1953 - durante as comemorações do 399º aniversário da cidade - a obra Monumento às Bandeiras - foi inaugurada. Com 12 metros de altura, 50 de extensão e 15 de largura, a escultura representa uma expedição bandeirante subindo um plano, com dois homens a cavalo. Uma das imagens representa o chefe português e a outra, o guia índio. Atrás deles, há um grupo formado por índios, negros, portugueses e mamelucos, que puxa a canoa das monções, usada pelos bandeirantes nas expedições pelos rios. As raças podem ser identificadas por detalhes nas estátuas: os portugueses apresentam barbas; as figuras nuas, com uma cruz ao pescoço são os índios catequizados.
O Monumento às Bandeiras é um projeto modernista dos anos 20, mas só foi inaugurado em 1953. Qual o nome do escultor responsável pela obra Monumento às Bandeiras, localizada no Parque do Ibirapuera, em São Paulo?
Escolha uma:
a. Américo da Silva (1898-1960)
b. Victor Brecheret (1894-1955)
c. John Graz (1891-1980)
d. Mário de Andrade (1893-1945)
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O escultor responsável pelo monumento das bandeiras foi Victor Brecheret.
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