O moralista cristão Marciano Vidal apresenta como argumento desfavorável ao aborto o paradigma da alteridade, isto é, o feto no ventre materno possui o mesmo status moral que um outro ser humano vivo. Como um ser vivo e em desenvolvimento, o feto não se confunde nem com uma parte dos órgãos e tecidos de sua mãe, nem como um apanhado de células advindas de seu pai. Ele é um alter (outro) em relação aos seus genitores e, devido à sua vulnerabilidade, requer cuidado e proteção. O moralista enfatiza ainda que o feto é um outro, mas um outro de nós mesmos e não de outra espécie qualquer. Analisando esta descrição sobre a questão da alteridade e o status moral do feto, podemos afirmar que o argumento de Vidal:
1- Quando aceito, fere os direitos da mulher em decidir sobre o seu próprio corpo, demonstrando que a alteridade retira-nos a liberdade.
2- Não pode ser aceito em discussões jurídicas dentro de um Estado que é laico, pois tem embasamento teológico.
3- Deve ser aceito em qualquer debate porque consegue responder totalmente à problemática envolvendo o aborto.
4- Quando aceito, implica que eticamente o feto passa a ser visto como um indivíduo pelos quais outros indivíduos devem responsabilizar-se.
Dificilmente será aceito em debates éticos, apenas porque se baseia em um argumento estritamente religioso.
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Resposta: 4
Explicação:
Quando aceito, implica que eticamente o feto passa a ser visto como um indivíduo pelos quais outros indivíduos devem responsabilizar-se.
Trata-se da responsabilização de um indivíduo por outros indivíduos.
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