O modo de atender as pessoas doentes e necessitadas se modificou ao longo dos seculos. Desde os primórdios da humanidade o homem preocupou - se em socorrer os seus semelhantes feridos ou doentes. O cuidado aos doentes , ao longo do tempo, passou a ser oferecido por caridade ,prestado, na maioria das vezes, por religiosos e por necessidades militares, em decorrência das guerras.
vc é um gestor de uma unidade de saúde e orecisa realizar uma palestra sobre as historias dos hospitais para estagiários, os quais irão realizar uma visita na sua unidade.
como vc irá abordar , na palestras essas diferentes correntes de cuidado: religiosa e a militar
Soluções para a tarefa
Resposta:
Ao longo da Antiguidade e da Idade Média, os cuidados com os doentes e necessitados foram realizados, na maioria das vezes, por religiosos, os quais exerciam o cuidado em forma de caridade, buscando a salvação de suas almas. Ao mesmo tempo, esses períodos da história foram marcados por batalhas sangrentas, por conquista de territórios e dominação de outros povos.
Era necessário cuidar dos feridos nas guerras, à medida que, assim que os soldados estivessem recuperados, poderiam voltar à frente da batalha, fortalecendo os exércitos. Desse modo, religiosidade e militarismo dominavam os locais destinados ao tratamento de doentes e feridos.
Na Idade Moderna, a religiosidade perdeu sua predominância, na medida em que o desenvolvimento das ciências e da tecnologia fizeram os hospitais se tornarem grandes instituições de tratamento de doenças, em evolução constante. Esse período também foi marcado pelas grandes descobertas territoriais e lutas por território. Com o advento das armas de fogo e consequente aumento de custos com o treinamento de novos soldados para utilizá-las, aumentou a preocupação dos governos, no sentido de mobilizar maiores recursos na recuperação dos feridos de guerra.
Na Idade Contemporânea, o crescimento das instituições hospitalares fez com que elas tomassem a conformação de empresas, nas quais o produto é a prestação de serviço de assistência à saúde. Ainda são encontrados hospitais de caridade e filantrópicos, destinados ao cuidado da população menos favorecida, onde religiosos trabalham no cuidado dos pacientes.
As grandes guerras mundiais exigiram que os soldados feridos ou doentes fossem tratados próximos aos campos de batalha. Desse modo, surgiram os hospitais de campanha e os hospitais militares, com tecnologia desenvolvida, e profissionais, médicos e enfermeiros, treinados para exercer cuidados no campo de batalha.
Explicação: Corrigida pelo AVA
Resposta:Desde os tempos mais antigos, o homem adoecia e necessitava de cuidados. Nas comunidades primitivas, a doença era entendida como ação do sobrenatural, dos deuses, e os cuidados eram atividade mágica, realizados por xamãs, principalmente, e pelas mulheres.
Na idade média, o serviço de enfermagem era atividade caritativa, realizada por religiosas e leigos, com o objetivo de salvação das almas. Os hospitais eram lugares de exclusão dos pobres e moribundos, que necessitavam de assistência e representavam um empecilho na sociedade.
Até o final do século XVIII o saber médico não existia nas ações hospitalares e, assim, os hospitais não tinham a função de cura. Os médicos se limitavam ao atendimento nos domicílios das pessoas.
Com a complexificação do trabalho e sobretudo com a Revolução Industrial, os operários, soldados e trabalhadores passaram a receber formação técnica profissional, o que representou gastos para o Estado. Desta forma, não se poderia permitir que morressem por doença, depois de terem recebido treinamento para desempenharem estas atividades. Isto levou a pensar e planejar a função de cura dentro dos hospitais.
Mesmo depois dos médicos atuarem nos hospitais, estes ainda continuaram com problemas de sujeira, contaminação e promiscuidade, o que só vai melhorar na segunda metade do século XIX, com as influências da bacteriologia (Pasteur) e da assepsia (Lister).
A medicalização dos hospitais foi possível graças a disciplinalização das atividades, no que serviu de modelo à disciplina militar, introduzida nos hospitais marítimos.
Como qualquer outra organização, os hospitais foram aprimorando suas atividades e sofreram influências das teorias administrativas, desenvolvidas para responder às mudanças ocorridas no trabalho.
Isto fez com que as teorias da "Administração Científica", "Clássica" e "Burocrática" influenciassem diretamente na administração hospitalar. A exemplo: com divisão de tarefas, hierarquia, centralização nas decisões, escalas de serviços e especializações.
Os hospitais têm hoje a importante função de prevenir doenças - com supervisão e acompanhamento da normalidade da gravidez e do nascimento, controle de doenças infecciosas e educação sanitária - , restaurar a saúde, ser um centro de formação - com estágios para os que trabalham na saúde e residência médica -, e promover pesquisas biosociais.
Na atualidade, estão surgindo esforços no sentido de democratizar e descentralizar os serviços de saúde, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), contando com espaços de participação dos usuários e profissionais de saúde, nos Conselhos de Saúde e nas Conferências de Saúde, em nível municipal, estadual e federal.
Além disso, vários profissionais de saúde têm empreendido esforços na tentativa de resgatar a dimensão holística do ser humano, dentro da assistência de saúde, vendo-o em seu todo, na dimensão física, social e mental e não como ser biológico que tem determinada doença em alguma parte do corpo a ser atendida em separado.
Assim, de um local sombrio, onde moribundos eram isolados para morrer, os hospitais foram transformados, no final do século XVIII, em locais de cura e de esperança para milhares de pessoas. Mesmo que hoje, no início do século XXI, ainda tenhamos fortes influências da burocratização, da fragmentação dos serviços e das constantes reclamações dos usuários pelas longas filas e dificuldades de conseguir atendimento, os hospitais fazem parte de um Sistema Único de Saúde que busca democratizar, descentralizar os serviços.
Neste novo contexto, a participação de cada profissional de saúde para um atendimento mais humanitário é imprescindível, para melhorar a qualidade de vida da população.
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