O mito e a religião são bastante semelhantes no que tange a explicação da natureza, os fatos cotidianos e o sentido da vida humana. Como relacionar o dogma e a doutrina nesses assuntos?
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O mito e a religião são universos epistemológicos diferentes. A religião pode não basear-se em mito (entendendo este no sentido grego, "relato", "história fantástica") nenhum, sobretudo algumas de recente criação que, sendo certo que focam a Ciência como algo essencial e com uma função próxima do Mito, estão mais interessadas pela parte estrutural (hierarquia) e económica. Aliás muitos mitos em distintas épocas e culturas não têm intenção religiosa, muitas vezes porque nem sequer existe religião organizada (é o caso de vários mitos dos aborigens australianos) e, como monstraram antropólogos, quem conta a história mítica é ciente do seu carácter de ficção.
Para teorias superestruturalistas e pós-modernas, e também para certas escolas da Filosofia da Ciência, a maneira em que as maiorias percebem as teorias religiosas aproxima-se do mito (pensam-se eternas, mágicas e não se questionam), enquanto algumas explicações míticas, por exemplo na Psicologia, demonstraram a sua eficácia nas terápias.
O dogma pode fazer parte da religião (que implica uma hierarquia com vocação permanente, ao jeido do Estado) mas também doutros saberes que acabam por reproduzir a forma de se organizar dos estamentos religiosos. Isso ocorre também com as doutrinas, que não precisam pertencer a uma religião para se manifestarem no formato que associamos a ela (dogmatismo, rigidez, artificiosidade...).
Na realidade, ainda que é positivo estabelecer qualquer relação entre actividades e instituições humanas, não se deve perder de vista que as religiões, nos estágios iniciais das sociedades que associamos à ideia de civilização, se produziram por vezes com maneiras próprias do conhecimento que hoje consideramos bem fundamentados e elevados. Pode ser mais produtivo reservar os conceitos para as áreas nas que fazem o melhor sentido e submeter à crítica as velhas críticas racionalistas que julgavam uma desviação epistemológica o que não encaixasse nos dogmas racionalistas do criticismo (XVII, XVIII).
Para teorias superestruturalistas e pós-modernas, e também para certas escolas da Filosofia da Ciência, a maneira em que as maiorias percebem as teorias religiosas aproxima-se do mito (pensam-se eternas, mágicas e não se questionam), enquanto algumas explicações míticas, por exemplo na Psicologia, demonstraram a sua eficácia nas terápias.
O dogma pode fazer parte da religião (que implica uma hierarquia com vocação permanente, ao jeido do Estado) mas também doutros saberes que acabam por reproduzir a forma de se organizar dos estamentos religiosos. Isso ocorre também com as doutrinas, que não precisam pertencer a uma religião para se manifestarem no formato que associamos a ela (dogmatismo, rigidez, artificiosidade...).
Na realidade, ainda que é positivo estabelecer qualquer relação entre actividades e instituições humanas, não se deve perder de vista que as religiões, nos estágios iniciais das sociedades que associamos à ideia de civilização, se produziram por vezes com maneiras próprias do conhecimento que hoje consideramos bem fundamentados e elevados. Pode ser mais produtivo reservar os conceitos para as áreas nas que fazem o melhor sentido e submeter à crítica as velhas críticas racionalistas que julgavam uma desviação epistemológica o que não encaixasse nos dogmas racionalistas do criticismo (XVII, XVIII).
Vih1639:
Mt obg :D
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