— “O meu apelo dirige-se ainda aos filósofos e a quantos ensinam a filosofia... Vivam em permanente
tensão para a verdade e atentos ao bem que existe em tudo o que é verdadeiro. Poderão, assim,
formular aquela ética genuína de que a humanidade tem urgente necessidade, sobretudo nestes
anos.” Neste trecho, João Paulo II aponta a urgência de refletirmos sobre o agir humano no mundo
e a necessidade de revermos nossos conceitos nas relações humanas. Redija um texto, avaliando
a realidade da humanidade entre os séculos XX e XXI e porque a urgência de uma reformulação
Ética se faz tão importante em nossos dias, independente do indivíduo professar ou não uma fé.
Soluções para a tarefa
Com efeito, o que triunfou a partir do século XIX e, de maneira mais evidente ainda, ao longo do século XX, não foi a racionalidade do homem tal qual fora vislumbrada no século das Luzes e pela Revolução Francesa, racionalidade dos fins últimos e dos valores irrigados pelos sentimentos e pelas paixões, tal como nos ensinaram Rousseau e Goethe, mas somente a racionalidade instrumental, aquela que se interessa apenas pelos meios a serem utilizados e que responde só à questão: como? Jamais à questão: por quê? Essa predominância se traduz pelo surgimento apenas da racionalidade econômica, aquela que permite o cálculo dos melhores meios e dos melhores métodos, cálculo de custos e de vantagens, e que submete todo mundo ao reino do dinheiro.
De certa maneira, podemos afirmar, sem risco de sermos contraditados, que o mundo atual se tornou sádico.Os antigos valores de mérito, trabalho, honra, prestígio e “a herança histórica, usada pelo capitalismo, inclusive a honestidade, a integridade, a responsabilidade, o cuidado no trabalho, o respeito aos outros” (Castoriadis, 1996), foram desvalorizados em prol de um único valor: o dinheiro. A racionalidade instrumental e as estratégias financeiras atingem, pois, o objetivo: utilizar o sujeito, que acredita ser em grande parte autônomo, para superexplorá-lo e aliená-lo. O processo de alienação é tão mais insidioso que muitas pessoas colaboram com a própria alienação.
Explicação:
Se olharmos desde o começo do século XX, podemos perceber que foi um século de conflitos. O homem parou de pensar em seus ideais e se deixou manipular por outras pessoas que se auto dominaram líderes e que deram a ideia de que apenas eles poderiam saber a vontade de seu povo e dar-lhes o que queriam. Deste modo, o homem parou de pensar por si mesmo e parou de refletir sobre o que era certo ou errado, deixando a racionalidade de lado e permitindo que seu "líder" pensasse por eles. Como sabemos, não deu muito certo, mas, mesmo assim, mesmo com a virada do século, vemos que não mudou muita coisa, o erro não trouxe aprendizado porque ainda não conseguimos ter opinião própria e desenvolver nossos próprios ideias. Ainda procuramos novos "líderes" que podem pensar por nós e mostrar o que "queremos" e o que é "melhor" para nós.
Nos últimos anos, vemos também a ganancia passar por cima dos valores humanos. Percebemos que as pessoas fazem de tudo para o dinheiro, colocando ele em cima de tudo e o transformando como objetivo de vida, correndo tão desesperadamente atrás dele podendo colocar até mesmo seu caráter em risco. Nada mais importa, apenas pedaços de papel que podem comprar objetos para satisfazer suas necessidades artificiais e proporcionar prazeres e alegrias passageiros, fazendo e passando por cima de tudo para conseguir essa ilusão.
Infelizmente, realmente precisamos desesperadamente de ética hoje em dia.