Física, perguntado por ajajanjssnjjssjs, 10 meses atrás

o medo da vacinação continuo na epidemia de varíola de 1908?​

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Respondido por PedroLucas167
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Explicação: Mesmo com a revogação da obrigatoriedade da vacina, permanece válida a exigência do atestado de vacinação para trabalho, viagem, casamento, alistamento militar, matrícula em escolas públicas, hospedagem em hotéis.

Em 1904, cerca de 3 500 pessoas morreram de varíola. Dois anos depois, esse número caía para nove. Em 1908, uma nova epidemia eleva os óbitos para cerca de 6 550 casos, mas, em 1910, é registrada uma única vítima. A cidade estava enfim reformada e livre do nome de “túmulo dos estrangeiros”.

Cerca de quinze tipos de moléstia faziam vítimas no Rio do início do século. As principais, que já atingiam proporções epidêmicas, eram a peste bubônica, a febre amarela e a varíola. Mas havia também sarampo, tuberculose, escarlatina, difteria, coqueluche, tifo, lepra, entre outras.

Para combater a peste bubônica, Oswaldo Cruz formou um esquadrão especial, de 50 homens vacinados, que percorriam a cidade espalhando raticida e mandando recolher o lixo. Criou o cargo de “comprador de ratos”, funcionário que recolhia os ratos mortos, pagando 300 réis por animal. Já se sabia que eram as pulgas desses animais as transmissoras da doença.

Em 1881, o médico cubano Carlos Finlay havia identificado o mosquito Stegomyia fasciata como o transmissor da febre amarela. Cruz, então, criou as chamadas “brigadas mata-mosquitos”, que invadiam as casas para desinfecção com gases de piretro e enxofre. No primeiro semestre de 1904, foram feitas cerca de 110 000 visitas domiciliares e interditados 626 edifícios e casas. A população contaminada era internada em hospitais.

Mesmo sob insatisfação popular, a campanha deu bons resultados. As mortes, que em 1902 chegavam a cerca de 1 000, baixaram para 48. Cinco anos depois, em 1909, não era registrada, na cidade do Rio de Janeiro, mais nenhuma vítima da febre amarela.

Apesar de todos os incidentes, foi com a mesma firmeza que Oswaldo Cruz bancou a campanha contra a varíola. Na noite de 14 para 15 de novembro, enviou a mulher e os filhos para a casa do amigo Sales Guerra e seguiu, ele mesmo, para a casa do cientista Carlos Chagas, que mais tarde descobriria a causa do mal de Chagas.

Em 1907, de volta de uma exposição na Alemanha, onde fora premiado por sua obra de combate às doenças, Cruz sente os primeiros sintomas da sífilis. Envelheceu rapidamente: aos 30 anos, tinha já cabelos brancos. A sífilis causou-lhe insuficiência renal. Mais tarde, surgiram problemas psíquicos. Os delírios se intensificaram e conta-se que muitas vezes foi visto à noite, vagando solitariamente pelas dependências do Instituto Manguinhos, que ele próprio ajudara a projetar, em 1903, e que receberia o nome de Instituto Oswaldo Cruz, em 1908.

Em 1916, foi nomeado prefeito de Petrópolis. A cidade, envolvida em disputas políticas, não recebe bem a nomeação. Oswaldo Cruz morreu, em 11 de fevereiro de 1917, com uma passeata de protesto em frente à sua casa.


ajajanjssnjjssjs: obg!
PedroLucas167: disponha!
Respondido por lorinhocabrall2016
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Explicação:

Entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, a cidade do Rio de Janeiro viveu o que a imprensa chamou de “a mais terrível das revoltas populares da República”. O cenário era desolador: bondes tombados, trilhos arrancados, calçamentos destruídos — tudo feito por uma massa de 3 000 revoltosos. A causa foi a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. E o personagem principal, o jovem médico sanitarista Oswaldo Cruz.

A oposição política, ao sentir a insatisfação popular, tratou de canalizá-la para um plano arquitetado tempos antes: a derrubada do presidente da República Rodrigues Alves. Mas os próprios insufladores da revolta perderam a liderança dos rebeldes e o movimento tomou rumos próprios. Em meio a todo o conflito, com saldo de 30 mortos, 110 feridos, cerca de 1 000 detidos e centenas de deportados, aconteceu um golpe de Estado, cujo objetivo era restaurar as bases militares dos primeiros anos da República.

A revolta foi sufocada e a cidade, remodelada, como queria Rodrigues Alves. Poucos anos depois, o Rio de Janeiro perderia o título de “túmulo dos estrangeiros”. Hoje, a varíola está extinta no mundo todo. E a Organização Mundial da Saúde, da ONU, discute a destruição dos últimos exemplares do vírus da doença, ainda mantidos em laboratórios dos Estados Unidos e da Rússia.

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