O marco inicial das discussões parlamentares em torno do direito do voto feminino são os debates que antecederam a constituição de 1824, que não trazia qualquer impedimento ao exercício dos direitos políticos por mulheres, mas, por outro lado, também não era explícita quanto à possibilidade desse exercício. Foi somente em 1932, dois anos antes de estabelecido o voto aos 18 anos, que as mulheres obtiveram o direito de votar, o que veio a concretizar-se no ano seguinte. Isso ocorreu a partir da aprovação do código eleitoral de 1932. Um dos fatores que contribuíram para a efetivação da medida mencionada no texto foi a:
Soluções para a tarefa
A campanha de extensão da cidadania foi uma das medidas que contribuiu para a efetivação do voto feminino no Brasil em 1932. Alternativa E.
Como o voto feminino foi instituído no Brasil?
Ainda no governo Vargas, as reivindicações femininas quanto à participação na democracia foram enfim atendidas por meio do Decreto 21.076, parte da criação da justiça eleitoral, algo que seria culminado graças ao benefício concedido à Celina Guimarães, professora brasileira e considerada a primeira votante inicial, anos antes.
É preciso voltar no tempo e entender que as mulheres já requeriam publicamente privilégios até então apenas disponibilizados para os homens desde pelo menos século XIX, no Brasil, visto que muitas acompanharam o desenrolar instável da política nacional e aderiam a vários movimentos, como o de caráter republicano.
Desse modo, muitas acreditavam ser injusto o fato de lutarem lado a lado dos homens, mas não poderem escolher seus representantes, uma mentalidade que seguia as tendências mundiais.
Abaixo, as alternativas da questão:
- a. superação da cultura patriarcal;
- b. influência de igrejas protestantes;
- c. pressão do governo revolucionário;
- d. fragilidade das oligarquias regionais;
- e. campanha de extensão da cidadania.
Aprenda mais sobre a importância do voto feminino: brainly.com.br/tarefa/11359427
#SPJ4
A questão demanda conhecimentos sobre a Revolução de 1930 e, especificamente, sobre o governo provisório de Vargas e o Código Eleitoral de 1932.
- a) Falso. A efetivação do voto feminino pelo Código Eleitoral de 1932 não superou a cultura patriarcal, que ainda se manifesta na sociedade brasileira. O ainda elevado número de feminicídios, por exemplo, é uma expressão da cultura patriarcal na sociedade brasileira.
- b) Falso. A efetivação do voto feminino pelo Código Eleitoral de 1932 não decorreu da influência de Igrejas Protestantes. Vale mencionar que as igrejas protestantes, quando comparadas à igreja católica, são pouco influentes nas decisões políticas.
- c) Falso. Colocar a efetivação do voto feminino pelo Código Eleitoral de 1932 significa ignorar a pressão dos movimentos sufragistas em escala nacional e internacional. Isto é, a efetivação do voto feminino deve ser compreendido a partir da mobilização política e social do movimento sufragista - e não como um ato unilateral do governo provisório de Vargas ( 1930-1934 ).
- d) Falso. Apesar da Revolução de 1930 ter enfraquecido determinadas oligarquias - como a paulista e a mineira -, ela fortaleceu outras, como é o caso da oligarquia gaúcha. Mesmo assim, as oligarquias dominantes na Primeira República seguiram influentes durante a Era Vargas ( 1930-1945 ), conforme verificado nas concessões que Vargas realizou aos paulistas após a Revolução Constitucionalista ( 1932 ).