O Marco Civil da Internet, criado em 2014, assegura o uso livre e democrático nas redes comunicativas. Porém, na realidade contemporânea, é evidente que o monitoramento das atividades dos usuários online por parte de empresas implica a perda da privacidade dos indivíduos que utilizam a internet. Com isso, a influência dos interesses empresariais, bem como o descaso governamental frente a tal problemática corroboram para a manutenção da mesma. Em primeiro plano, vale destacar que, com o avanço no compartilhamento de informações, o controle de dados se tornou essencial para a divulgação de propagandas direcionadas às preferências dos usuários das redes de comunicação. Nesse sentido, a manipulação dos anúncios se assemelha ao processo de dominação descrito pelo sociólogo Foucalt ao analisar o modelo panóptico, pois o monitoramento das ações dos indivíduos é de uma importância para a manutenção do poder de forma discreta. Nisso, observa-se como o controle do comportamento dos indivíduos restringe a privacidade deles. Paralelamente a essa dimensão empresarial, o descaso do Estado, principalmente na esfera legislativa, contribui para a permanência do uso não autorizado de informações pessoais para fins comerciais. Conforme o sociólogo alemão Dahrendorf, no livro "A lei e a ordem", a anomia é a condição social em que as normas reguladoras do comportamento das pessoas perdem sua validade. De forma análoga a esse pensamento, nota-se que as leis que regulamentam os atos na internet encontram-se em um estado de anomia, pelo fato de serem infringidas, por vezes, sem qualquer punição ao infrator. Portanto, é notório que a manipulação dos dados de pesquisa dos utentes se configura como um problema relativo à fragilidade das leis na rede. Logo, o Congresso Nacional deveria elaborar uma legislação que reforçasse os direitos e deveres dos usuários no ambiente virtual, por meio de reuniões com especialistas em segurança digital, com o fito de amenizar os crimes de roubo de dados por empresas. Assim, o Governo reverteria o estado de anomia na internet. Segundo o autor qual a consequência gerada para os usuários o compartilhamento indiscriminada da suas informações
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
Olá, tudo bem?
Segundo o autor o usuário não tem mais privacidade na rede. Se você pesquisar sobre um livro em breve todos os sites que você abrir vão estampar aquele livro e outros da mesma linha. Você vai receber e-mails sobre o assunto e suas mídias sociais vão ficar abarrotadas de propagandas sobre o livro.
Esse monitoramento que as empresas fazem do usuário não é legal, não está na lei, ao contrário, é contra a lei. Mas o governo não policia isto, até porque este monitoramento de preferências é importante para o governo na época das campanhas políticas.
Há um processo de dominação," pois o monitoramento das ações dos indivíduos é de uma importância para a manutenção do poder de forma discreta"
Não há punição para o infrator, mostrando a fragilidade das leis na rede.
Sucesso nos estudos!!!
b) Qual a finalidade de textos como esse?
c) Qual a temática tratada no texto?
d) Qual estratégia o autor usou para apresentar o tema do seu texto?
e) Qual é a tese que o autor expõe na introdução e a defende ao longo do texto?
Resposta:
a) É um texto dissertativo-argumentativo
b) Defender um ponto de vista com argumentos lógicos
c) A falta de privacidade e segurança com os dados dos usuários na internet.
d) Ele começa a introdução com uma alusão histórica.
e) Ele vai defender que essa falta de segurança na internet com os nossos dados favorece empresas e culpa o governo por não tomar providências sobre tal problema.