O lugar de maior perigo que há no engenho é o da moenda, porque, se por desgraça a escrava que mete a cana entre os eixos, ou por força do sono, ou por cansada, ou por qualquer outro descuido, meteu desatentadamente a mão mais adiante do que devia, arrisca-se a passar moída entre os eixos, se lhe não cortarem logo a mão ou o braço apanhado, tendo para isso junto da moenda um facão, ou não forem tão ligeiros em fazer parar a moenda. ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EdUSP, 1982.Com base no texto, identifique duas características do trabalho escravo no Brasil do período colonial.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Eles eram obrigados a fazer os trabalhos mesmo estando exaustos, ou seja, não tinham direito nem mesmo ao descanso. E eles eram punidos de forma cruel por toda e qualquer falha que cometessem, provavelmente tanto como castigo quanto para servir de lição aos outros escravos.
Com base no texto Cultura e opulência do Brasil, de André João Antonil, é possível afirmar que o trabalho escravo no Brasil do período colonial era perigoso e humilhante.
Trabalho escravo no Brasil colonial
O autor descreve os perigos da moenda por onde passava a cana-de-açúcar a ser transformada em açúcar ou cachaça nos engenhos de cana-de-açúcar, denunciando também que não se tratava apenas de descuido do escravo, mas que ele poderia se machucar também devido ao cansaço, tendo em vista as poucas horas de sono permitidas pelos senhores nesse período.
O jesuíta André João Antonil ainda presenciou os tratamentos dispensados aos escravos quando eles se machucavam, já que os facões portados por muitos senhores ou jagunços poderia ser utilizado para mutilar ainda mais o escravo, ou seja, não havia uma preocupação médica com os acidentes.
Mais sobre a escravidão no período colonial brasileiro: brainly.com.br/tarefa/12621053
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