O Lobo e o Cordeiro
É fácil oprimir o inocente
Por sede ardente impelidos,
O feroz Lobo e o Cordeiro
Tinham vindo saciar-se
Na corrente de um ribeiro:
Água arriba aquele estava,
Longe – abaixo este ficava.
Súbito, as fauces inchando,
O quadrúpede voraz
Busca de rixa um pretexto
E assim prorrompe falaz:
_”Por que turvas revolvendo
Est’água que estou bebendo?”
Contesta o manso cordeiro:
_”Como, ó Lobo, ser assim,
Se a clara linfa que sorvo
Corre de ti para mim?”
Desta verdade a evidência,
Susta do bruto a inclemência.
_”Há seis meses murmuraste
De mim”, replica o insofrido
_”Não pode ser, porque ainda
Eu não havia nascido.”
_”Que importa!? Se és inocente,
Foi teu pai o maldizente.”
E cerval, inexorável,
Sem que a inocência lhe importe,
Contra o mísero arremete,
Lacera-o, ‘té dar-lhe a morte.
_Nesta fábula o retrato
Se exibe dos prepotentes
Que com frívolos pretextos
Oprimem os inocentes.
(Fedro)
1. Sobre a moral da fábula de Fedro:
a. Em que parte do texto ela está localizada?
b. Qual é o seu tema?
2. Aponte as expressões que caracterizam as duas personagens.
3. A versão da Fábula de Fedro contém uma conclusão final.
a. Qual é a sua função?
b. Que relação essa conclusão tem com a moral?
4. Intertextualidade é o processo de incorporação de elementos de um texto no outro. Na releitura
que Fedro fez da fábula de Esopo, há intertextualidade? Justifique.x
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Resposta:
pense e leia o que você consegui e depois só responda mais pense depois de ler e assim
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