O livro é do AUTO DA COMPADECIDA!
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expecificaçoes porfavor
Usuário anônimo:
Essa é a biografia?
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9
Auto da Compadecida", peça teatral de Ariano Suassuna, é um auto (peça de apenas um ato) que consubstancia a tradição do teatro medieval português ao contexto social e histórico do nordeste brasileiro. O argumento da peça gira em torno das aventuras quixotescas de João Grilo, um tipo pitoresco que protagoniza os acontecimentos de forma absolutamente imaginosa, e seu companheiro Chicó. Ambos se envolvem no caso do cachorro da mulher do padeiro, comprometendo um número considerável de personagens que, em meio às confusões armadas pelas mentiras de João Grilo, vão se enredando numa trama que culmina com o julgamento de algumas delas diante de Jesus, da Virgem Maria e do Diabo.
Dentre as personagens que atuam nessa trama, estão o Padeiro e sua mulher, o Padre, o Sacristão, o Bispo, o cangaceiro Severino, o Major Antônio Morais. Ao longo da peça, o autor fixa certas linhas de força que caracterizam bem o teatro brasileiro, especialmente o nordestino. Uma dessas linhas de força é a carga religiosa, especificamente o catolicismo, que se articula na lógica interna da peça, por meio do binômio “bem e mal”. Trata-se, na verdade, de um desdobramento da forte cultura religiosa do nordestino, que se apega a Deus e teme as influências do mal. Essa intervenção do elemento religioso deriva também da tradição do teatro medieval (ou mesmo vicentino), já que durante a Idade Média as manifestações artísticas estiveram sempre vinculadas à Igreja.
Ao resgatar essa tradição teatral medieval, Ariano Suassuna realiza uma leitura da moral católica muito ajustada aos tipos que cometem gestos transgressores. Outra linha de força de "Auto da Compadecida", é a presença do anti-herói ou herói quixotesco, uma espécie de personagem folclórica que vive ao sabor do acaso e das aventuras. João Grilo é esse típico anti-herói, que se envolve com as mais diversas personagens e se compromete com as próprias mentiras. No entanto, é através dele que o autor propõe um exame dos valores sociais e da moral estabelecida. Em outras palavras, Suassuna pretende refletir sobre a fragilidade e a suscetibilidade de nossas convicções.
O elemento religioso, a fixação da cultura popular, a presença do anti-herói e a linguagem simples bem articulada nas falas das personagens, são elementos que merecem um olhar atento, pois sua combinação constitui a arquitetura e a lógica do "Auto da Compadecida". Vale lembrar também que Ariano Suassuna traz à tona reflexões de ordem moral por meio das quais problematiza as fraquezas humanas, relativizando valores e convicções. Não se pode ignorar a linha marcante do humor que percorre toda a estrutura da peça, caricaturizando não apenas as personagens, mas também as circunstâncias em que elas se envolvem.
Dentre as personagens que atuam nessa trama, estão o Padeiro e sua mulher, o Padre, o Sacristão, o Bispo, o cangaceiro Severino, o Major Antônio Morais. Ao longo da peça, o autor fixa certas linhas de força que caracterizam bem o teatro brasileiro, especialmente o nordestino. Uma dessas linhas de força é a carga religiosa, especificamente o catolicismo, que se articula na lógica interna da peça, por meio do binômio “bem e mal”. Trata-se, na verdade, de um desdobramento da forte cultura religiosa do nordestino, que se apega a Deus e teme as influências do mal. Essa intervenção do elemento religioso deriva também da tradição do teatro medieval (ou mesmo vicentino), já que durante a Idade Média as manifestações artísticas estiveram sempre vinculadas à Igreja.
Ao resgatar essa tradição teatral medieval, Ariano Suassuna realiza uma leitura da moral católica muito ajustada aos tipos que cometem gestos transgressores. Outra linha de força de "Auto da Compadecida", é a presença do anti-herói ou herói quixotesco, uma espécie de personagem folclórica que vive ao sabor do acaso e das aventuras. João Grilo é esse típico anti-herói, que se envolve com as mais diversas personagens e se compromete com as próprias mentiras. No entanto, é através dele que o autor propõe um exame dos valores sociais e da moral estabelecida. Em outras palavras, Suassuna pretende refletir sobre a fragilidade e a suscetibilidade de nossas convicções.
O elemento religioso, a fixação da cultura popular, a presença do anti-herói e a linguagem simples bem articulada nas falas das personagens, são elementos que merecem um olhar atento, pois sua combinação constitui a arquitetura e a lógica do "Auto da Compadecida". Vale lembrar também que Ariano Suassuna traz à tona reflexões de ordem moral por meio das quais problematiza as fraquezas humanas, relativizando valores e convicções. Não se pode ignorar a linha marcante do humor que percorre toda a estrutura da peça, caricaturizando não apenas as personagens, mas também as circunstâncias em que elas se envolvem.
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