Português, perguntado por joalir, 8 meses atrás

O leitor que não conhecesse por dentro e por fora, [...] a vida da idade média, riria [...] com que atribuímos valor político ao bobo do conde de Portugal. Pois o caso não é de rir. Naquela época o cargo de truão correspondia até certo ponto ao dos censores da república romana. [...]

O truão foi uma entidade misteriosa da idade média. Hoje a sua significação social é desprezível e impalpável [...]. O bobo, que habitava nos paços dos reis e dos barões, desempenhava um terrível ministério. Era ao mesmo tempo juiz e algoz [...].

HERCULANO, Alexandre. O Bobo (1128). Lisboa: Bertrand, 19--. p. 26;28, atualizado ortograficamente.

Em 1843, Alexandre Herculano (1810-1877) publicou o romance histórico O Bobo (1128), cuja ambientação remontava ao século XII, período da formação do Estado português. Lendo o trecho transcrito do romance, é possível observar que o narrador

(A)
apenas relata os fatos que compõem o enredo e não tece reflexões acerca das funções e trabalhos que eram importantes na Idade Média, como o do truão (bobo da corte).

(B)
relata os fatos do enredo partindo do contexto oitocentista e olhando para a Idade Média, por isso, contextualiza e discute a função do truão no Período Medieval, pois havia a necessidade de explicá-la ao leitor.

(C)
não propõe reflexões ao leitor, apesar de mencioná-lo no texto. Apenas caracteriza as funções de um truão medieval para circunscrever o romance na Idade Média.

(D)
é uma entidade da Idade Média relatando os fatos que compõem o enredo, o que também é importante para a narrativa, pois ela se aproximaria mais, em construção de verossimilhança, de um romance medieval.

(E)
é uma entidade que não faz parte da Idade Média e, apesar de relatar um enredo circunscrito no século XII, não compreende os motivos de atribuir ao truão um valor político.

Soluções para a tarefa

Respondido por lucaswyllame12
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Resposta:

Letra C, pae

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