O ISOLAMENTO SOCIAL FEZ COM QUE MUITOS DE NOS REFLETISSEMOS EM IDEIAS,PENSAMENTOS, FORMAS DE VIDA E OUTROS ASPECTOS PELOS QUAIS PODEMOS PENSAR E ANALISAR O QUE É MELHOR PARA NÓS E PARA O MUNDO.QUAIS FORAM ESSAS MUDANÇAS EM SEU PENSAMENTO E QUE APRENDIZADO TROUXE PARA VOCE, NA QUAL VOCE POSSA APLICA-LA, A PARTIR DE UMA NOVA VISAO DE MUNDO?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Tempo de repensar: isolamento por coronavírus motivou reflexão coletiva sobre vida e prioridades
Do lado de fora, ruas vazias, escolas e estabelecimentos comerciais fechados e a sensação de habitar uma cidade fantasma. Do lado de dentro, vidas que se fizeram mais urgentes diante da privação da liberdade e do contato, real, com um mundo que não fosse o virtual.
A pandemia do coronavírus e o isolamento social imposto por ela nos trouxeram mais do que o temor pelo adoecimento da população.
Privados de circular pelas ruas, de ver e, mais que isso, abraçar amigos e familiares, além de impossibilitados de frequentar centros de compras e de lazer com a frequência desejada, abrimos tempo para importante reflexão: o que temos priorizado na vida?
Pela web, pipocam inúmeros testemunhos de que o contato com o outro está fazendo falta e mexendo com as emoções. Junte-se a isso o desafio de aprender a ter mais intimidade com a tecnologia e precisar usar aplicativos de videoconferência para poder conversar ou trabalhar com quem antes estava sempre por perto.
Felizmente, as redes sociais têm ajudado a conectar terapeutas e aqueles que escolhem pedir ajuda. Neste momento crucial, muitos oferecem atendimento virtual gratuito.
Psiquiatras, psicólogos e psicoterapeutas avaliam que a angústia relatada por muitas pessoas durante o isolamento social e uma resposta mental à sensação de escassez. “O desejo, muitas vezes, vem da falta. Isso explica, por exemplo, porque nem todos querem a bolsa da loja de departamento, mas muitos cobiçam a da grife importada”, exemplifica a psicóloga Daniela Queiroz, especialista em psicologia positiva.
Segundo ela, o momento é oportuno para refletirmos, todos, sobre o que temos almejado e como temos construído nossas vidas. “Observar, por meio da escassez, o que para a gente é, de fato, importante, para além do excesso de compras, de informação, do excesso de ego. O que precisamos, agora, é de mais amor, calor humano, daquilo que realmente não está abundante”, coloca a profissional.
Mais momentos
A psiquiatra Jaqueline Bifano tem ponto de vista semelhante. Para ela, a iminência da perda nos desperta para o que é realmente valioso. “Percebemos momentos que temos deixado de viver. Até mesmo os pais, que trabalham para dar uma boa escola, para pagar um curso de inglês, agora, estão podendo ver o quão valioso é o contato com os filhos. Em momentos de recolhimento como este pelo qual passamos aprendemos a valorizar o que importa e dar uma chance a outras perspectivas”, diz.
Quando tudo passar...
Psicoterapeuta, mestre em reiki e professora de yoga, Ailla Pacheco acredita que passado o medo, o receio e a sensação de incapacidade a que temos sido subordinados, estaremos mais conscientes de quem somos.
“Quando tudo passar, vamos nos amar, abraçar e beijar mais. Valorizaremos a importância de segurar nas mãos uns dos outros. Vamos nos importar menos com as desavenças. Vamos valorizar mais cada inspiração. Vamos agradecer por cada dia em que pudermos acordar e ser livres. Vamos nos conectar com a natureza, dentro e fora de nós. Vamos valorizar mais o tempo com aqueles que amamos. Quando tudo isso passar, seremos menos isolados e mais integrados. Vamos ter aprendido a cuidar de nós mesmos e uns dos outros”, coloca.