O IRAPURU,O CANTO QUE ENCANTAVA
Certo jovem, não muito belo, era admirado e desejado por todas as moças de sua tribo por tocar flauta
maravilhosamente bem. Deram-lhe, então, o nome de Catuboré, flauta encantada. Entre as moças, a bela Maina
o Irapuru, o canto que encanta
conseguiu o seu amor; casar-se-iam durante a primavera.
Certo dia, já próximo do grande dia, Catuboré foi a pesca e de lá não mais voltou.
Saindo a tribo inteira à sua procura, encontraram-no sem vida, à sombra de uma árvore, mordido por uma cobra
venenosa. Sepultaram-no no próprio local.
Mainá, desconsolada, passava varias horas a chorar sua grande perda. A alma de Catuboré, sentindo o sofrimento de
sua noiva, lamentava-se profundamente pelo seu infortúnio. Não podendo encontrar paz, pediu ajuda ao Deus Tupã.
Este, então, transformou a alma do jovem no pássaro Irapuru, que mesmo com escassa beleza, possui um canto
maravilhoso, semelhante ao som da flauta, para alegrar a alma de Maina.
O cantar do Irapuru ainda hoje contagia com seu amor os outros pássaros e todos os seres da natureza.
Waldemar de Andrade e silva. Lendas e mitos dos indios brasileiros. São Paulo FTD, 1997
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Resposta:
R. O cantar do Írapuru ainda hoje contagia com seu amor os outros pássaros e
todos os seres da natureza.
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