Filosofia, perguntado por naruto8169, 1 ano atrás

o homem segundo a teologia: 10 linhas​

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Respondido por ogabriel292
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Resposta:

Essa é facil(quer dizer, + ou -)Desculpa,é muito mais de dez linhas.:)

Explicação:

De acordo com o Papa João Paulo II, “o homem é a primeira e fundamental via da Igreja, via traçada pelo próprio Cristo e via que imutavelmente conduz através do mistério da encarnação e da redenção”[1]. Ao falar do homem nessa perspectiva, queremos abordá-lo na sua relação com o Deus Uno e Trino revelado em Jesus Cristo. Pois o homem só sabe o que ele é por meio da luz de Jesus Cristo, o revelador de Deus. Mas, porque afirmamos que o homem só conhece a si se for iluminado por Cristo? O Concílio Vaticano II diz que “o mistério do homem só se torna claro verdadeiramente no mistério do Verbo encarnado. Cristo manifesta plenamente o homem ao próprio homem e lhe descobre sua altíssima vocação”[2]. Ao se revelar, Cristo tinha um grande destinatário: o homem, ele é o objeto dessa revelação. A verdade revelada é verdade de salvação e é por isso que nos diz quem é o homem, fazendo-nos conhecer sua vocação.

A relação do homem com Deus é a dimensão última e mais profunda de seu ser, a única que nos dá a medida exata do que somos, ou seja, somos a “única criatura da terra que Deus quis por si mesma”[3]; no mais profundo de seu ser para ser chamado à comunhão de vida com Ele. Conforme Ladaria [4], essa relação com Deus, sempre é mediada por Cristo que se revela a nós e que também nos possibilita conhecermos a nós mesmos. Segundo o autor, para ter uma visão completa do homem no que diz respeito o ponto de vista da fé cristã é preciso distinguir os aspectos fundamentais de nossa referência a Deus. Para tanto, ele elenca três[5]: a criação, o pecado e a graça.

A dimensão mais específica da antropologia teológica é a relação de amor e de paternidade que Deus quer estabelecer com todos os homens através de seu filho Jesus Cristo. Deus cria o homem e dá a ele a graça de ser chamado à filiação divina por meio do Espírito, condição essa que só era de Jesus, e que agora é aberta a todos os homens, nisso consiste a vocação definitiva de cada homem.

O chamado à graça pressupõe nossa existência como criaturas livres. Porém a razão de nossa existência não está em nós. Se existimos é porque Deus quis, foi por sua bondade, em sua liberdade nos criou para chamar-nos à comunhão com Ele. É necessário termos compreensão dessa realidade para que possamos atingir o nosso fim. Mas porque se faz necessário falar da criação se a mesma parece ser tão óbvia na teologia? Ao falarmos da criação do homem, queremos enfocar a nova criação realizada em Cristo. O homem foi criado a imagem e semelhança de Deus por meio de Cristo e o mesmo caminha para Ele. A questão da criação é um fator determinante e fundante no que diz respeito ao homem, esse fator determina sua própria consistência enquanto ser que foi criado para comunhão pessoal com Deus.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “na criação do mundo e dos homens, Deus colocou o primeiro e universal testemunho de seu amor todo poderoso e de sua sabedoria, o primeiro anúncio de seu desígnio benevolente, o qual encontra sua meta na nova criação em Cristo”[6]. Só Deus tem esse poder para criar do nada “ex nihilo”, nenhuma de suas criaturas tem esse poder infinito para criar, para chamar à existência aquilo que ainda não existe. Mas, qual seria o objetivo de Deus ao criar o mundo e especialmente o homem? A Igreja nos ensina que Deus criou todo o mundo livremente para manifestar e comunicar a sua glória, ao participar de sua verdade, bondade e beleza a criação desfruta da glória para qual foi criada. Glória essa que é sinal de doação, aqui se encontra o ponto alto no que diz respeito ao homem, porque é nessa manifestação e autodoação que estão exatamente a sua salvação e sua plenitude. Deus criou e continua mantendo o universo por meio de seu Filho e do Espírito Santo que dá vida; o seu poder está em “manifestar-se em Cristo, para poder comunicar seus benefícios e comunicar-se a si mesmo, e com isso obter a plenitude da criatura. Essa plenitude é Deus mesmo, porque apenas em Deus o mundo e, sobretudo o homem alcançam seu fim último”[7].

“Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, a imagem de Deus o criou”[8].  Esse versículo do Gênesis nos leva a refletir que o homem ocupa um lugar de destaque na criação, pois é “imagem de Deus”, unindo em sua natureza o mundo espiritual e material (corpore et anima unus). Além disso, foi constituído em uma profunda amizade com seu Criador, em harmonia consigo mesmo e com a criação, realidade tão grandiosa que só foi superada pela glória da nova criação em Cristo Jesus.

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