Question

O historiador Perry Anderson contesta a versão "clássica'' de que o absolutismo foi resultado da aliança política do rei com a emergente burguesia. Ele defende que esse regime foi uma nova de denominação dos senhores feudais. Leia o trecho a seguir, em que o autor discorre sobre as linhagens do Estado absolutista.
{...} Durante toda a primeira fase da época modera, a classe dominante - econômica e oiliticamente - era portanto a mesma da própria época medieval: a aristocracia feudal. Esta nobreza sofreu profundas metamorfoses nos séculos que se seguiram ao fim da Idade Média: mas desde o princípio ao fim da história do absolutismo nunca foi desalojada do seu domínio do poder político.
As alterações nas formas de exploração feudal sobrevindas no final da época medieval estavam, naturalmente, longe de serem insignificantes. Na realidade, foram precisamente essas mudanças que mudaram as formas do Estado, Essencialmente, o absolutismo era apenas isto; um aparelho de denominação feudal alargado e reforçado, destinado a fixar as massas camponesas na sua posição social tradicional, a despeito e contra os benefícios que elas tinham conquistado com a comutação alargada das suas obrigações. Por outras palavras, o Estado absolutista nunca doi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, ainda menos um instrumento da burguesia nascente contra a aristrocacia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada.{..}
Com base no texto citado, escreva um texto explicando o ponto de vista de Perry Anderson, tendo as questões a seguir como roteiro.
1. Para Perry Anderson, como era a composição social do Estado absolutista?

Answer 1

Explicação:

Burocracia, polícia, exército permanente, clero e magistratura, teve seu nascimento nos dias da monarquia absoluta. O poder centralizado do Estado tinha, naquele tempo, de servir à nascente sociedade de classe média como uma poderosa arma em suas lutas para emancipar-se do feudalismo.