O grupo operativo foi definido pelo psiquiátra e psicanalista suíço, nacionalizado argentino, Pichon-Rivière, na Teoria do Grupo Operativo de 1940, "como um conjunto de pessoas, ligadas no tempo e no espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propunham, explícita ou implicitamente, a uma tarefa, interatuando em uma rede de papéis com o estabelecimento de vínculos entre si". O grupo operativo, precisa ter uma finalidade ou objetivo, que pode ser o aprendizado, a cura, o diagnóstico de dificuldades, entre outras situações. Esses objetivos conscientes caracterizam a tarefa externa. A tarefa interna diz respeito ao trabalho com os processos internos (conscientes ou inconscientes) que dificultam ou impedem a realização da tarefa externa e até mesmo o funcionamento do grupo.
Diante do exposto, observe a seguinte situação: Reunião de equipe na Unidade de Saúde Campo da Tuca para tratar do seguinte tema: o grande número de diabéticos no território. Logo no início da reunião as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) apresentam dados que corroboram com o tema da pauta. De cada 10 (dez) pessoas do território, 07 (sete) possuem o diagnóstico de diabete e 3 (três) possuem características genéticas que os fazem ter um indicativo de propensão a terem diabetes no futuro. O grupo de trabalhadores opta por realizar oficinas com os públicos apontados pelas ACS. No cotidiano das unidades de saúde da família, o grupo operativo é amplamente utilizado pelos diversos profissionais de nível superior.
Você, como profissional de nível superior dessa equipe, ficou responsável por organizar como será desenvolvido esse trabalho. O seu desafio nesta unidade é descrever como você organizaria esse trabalho, tendo por base o conceito de grupo operativo apresentado anteriormente.
Soluções para a tarefa
ExplicaçãoPadrão de resposta esperado
Os grupos operativos devem potencializar o aprendizado, sendo o mais apropriado para essa situação. Deve-se organizar dois grupos, um com quem já possui o diagnóstico e o outro com quem tem a possibilidade de desenvolver a doença no futuro, pois o objetivo da aprendizagem será diferente.
No grupo que já possui a doença será necessário que os participantes troquem impressões sobre como é ser diagnosticado com a doença, como fazer o manejo, como a doença interfere na vida, entre outros temas. Já no segundo grupo, o foco será a prevenção, para que as pessoas, através da informação, possam retardar ou inibir o aparecimento da doença.
No grupo operativo, os sujeitos trocam experiências e reelaboram seus conhecimentos para que, assim, tenham qualidade de vida tanto na manutenção da doença, como para que não a desenvolvam.
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