O fim da República Velha marcou o enfraquecimento do que ?
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Em 1929, o mundo capitalista foi abalado por grave crise econômica. A principal causa da crise era a superprodução da indústria norte-americana, que cresceu mais do que as necessidades do seu mercado interno e mais que o poder de compra do mercado internacional.
O grande marco dessa crise de superprodução capitalista foi a queda das ações das grandes empresas na Bolsa de Valores da Nova York. As ações perderam quase todo seu valor. Empresas e bancos foram á falência. As empresas reduziram o ritmo de produção. Milhões de trabalhadores norte-americanos ficaram desempregados.
Sem poder vender, os Estados Unidos também deixaram de comprar. Isso afetou gravemente a economia dos país que dependiam de exportações para os Estado Unidos. Foi o caso do Brasil, que deixou de vender milhões de sacas de café para o mercado norte-americano. O preço do café despencou.
A produção de café nesse ano foi de 21 milhões de sacas, mas as exportações foram só de 14 milhões. Os cafeicultores entraram em pânico. Numa tentativa desesperada de sugar os preços, milhares de sacas de café foram destruídas. Era o desastre econômico, que levou muitos fazendeiros a falência.
O enfraquecimento econômico da oligarquia cafeeira ajudou a desmontar a estrutura de poder que sustentava a República Velha.
Monteiro, Távora e Aranha
Além dos problemas econômicos, surgiram ainda o desacordo político entre as elites de Minas Gerais e de São Paulo. Não houve entendimento para indicar o candidato presidencial à sucessão de Washington Luís. Nas eleições de 1930, a oligarquia paulista apoiava o candidato Júlio Prestes, do PRP – Partido Republicano Paulista. Os políticos mineiros apoiavam o nome de Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, que era governador de Minas Gerais.
O rompimento do acordo do “café com leite”, isto é, o desentendimento entre o PRP e o PRM, agitou o país. A oposição às oligarquias mais tradicionais aproveitou o momento para conquistar espaço político e formar alianças.
Foi nesse ambiente que nasceu a Aliança Liberal, lançando os nomes do governador gaúcho Getúlio Vargas para presidente da República e do governador paraibano João Pessoa para vice-presidente.
Os candidatos da Aliança Liberal passaram a ter o apoio de gente de todo tipo. Gente renovadora que queria acabar com o velho esquema político da República Velha. E gente oportunista que queria apenas conservar o poder em suas mãos. Era o caso do governador de Minas Gerais, Antônio Carlos, que apoiava, agora, a Aliança Liberal, depois de ter rompido com São Paulo.
De qualquer modo, a Aliança Liberal apresentava um programa de reformas com alguns avanços, cujos pontos principais eram: instituição do voto secreto (para acabar com o coronelismo e as fraudes); criação de leis trabalhistas; incentivo à produção industrial. Era um programa que tinha grande aceitação junto às classes médias e aos militares ligados ao Tenentismo.
Explode a Revolução
Apurados os resultados da eleição presidencial de 1930, Júlio Prestes foi o vitorioso. O candidato da Aliança Liberal, Getúlio Vargas, tinha sido derrotado.
Entretanto, os líderes gaúchos, mineiros e paraibanos se recusavam a aceitar o resultado das eleições. Diziam que a vitória de Júlio Prestes não passava de fraude, um roubo. Na verdade, é difícil saber quem, dos dois lados, utilizou mais violência e fraude para ganhar as eleições. A única certeza é que a oligarquia paulista foi mais eficiente nos métodos empregados.
Getúlio Vargas e os generais Góis
Monteiro e Miguel Costa.
A viagem no "trem da Revolução" O clima de revolta aumentava no país. Nesse momento, o governador mineiro Antônio Carlos disse uma frase que entrou para a história: “Façamos a revolução, antes que o povo a faça”. Essa frase mostrava que as elites da Aliança Liberal tinham consciência de que era preciso agir para assumir o comando das transformações.
A revolta contra as velhas estruturas ganhou força quando o governador João Pessoa, da Paraíba, foi assassinado por motivos pessoais e políticos, em 25 de julho.
A morte de João Pessoa foi a gota d’água, a emoção que faltava para unir a oposição contra o governo.
Em 3 de outubro, a luta armada estourou no Rio Grande do Sul, espalhando-se por Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco.
Reconhecendo o avanço da guerra civil, os militares do Rio de Janeiro, liderados pelos generais Mena Barreto e Tasso Fragoso, depuseram o presidente Washington Luís, poucas semanas antes do fim de seu mandato. O poder foi entregue a Getúlio Vargas, que era o chefe político da Revolução de 1930.
Terminava a República Velha. Iniciava o período getulista ou a Era Vargas.
O grande marco dessa crise de superprodução capitalista foi a queda das ações das grandes empresas na Bolsa de Valores da Nova York. As ações perderam quase todo seu valor. Empresas e bancos foram á falência. As empresas reduziram o ritmo de produção. Milhões de trabalhadores norte-americanos ficaram desempregados.
Sem poder vender, os Estados Unidos também deixaram de comprar. Isso afetou gravemente a economia dos país que dependiam de exportações para os Estado Unidos. Foi o caso do Brasil, que deixou de vender milhões de sacas de café para o mercado norte-americano. O preço do café despencou.
A produção de café nesse ano foi de 21 milhões de sacas, mas as exportações foram só de 14 milhões. Os cafeicultores entraram em pânico. Numa tentativa desesperada de sugar os preços, milhares de sacas de café foram destruídas. Era o desastre econômico, que levou muitos fazendeiros a falência.
O enfraquecimento econômico da oligarquia cafeeira ajudou a desmontar a estrutura de poder que sustentava a República Velha.
Monteiro, Távora e Aranha
Além dos problemas econômicos, surgiram ainda o desacordo político entre as elites de Minas Gerais e de São Paulo. Não houve entendimento para indicar o candidato presidencial à sucessão de Washington Luís. Nas eleições de 1930, a oligarquia paulista apoiava o candidato Júlio Prestes, do PRP – Partido Republicano Paulista. Os políticos mineiros apoiavam o nome de Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, que era governador de Minas Gerais.
O rompimento do acordo do “café com leite”, isto é, o desentendimento entre o PRP e o PRM, agitou o país. A oposição às oligarquias mais tradicionais aproveitou o momento para conquistar espaço político e formar alianças.
Foi nesse ambiente que nasceu a Aliança Liberal, lançando os nomes do governador gaúcho Getúlio Vargas para presidente da República e do governador paraibano João Pessoa para vice-presidente.
Os candidatos da Aliança Liberal passaram a ter o apoio de gente de todo tipo. Gente renovadora que queria acabar com o velho esquema político da República Velha. E gente oportunista que queria apenas conservar o poder em suas mãos. Era o caso do governador de Minas Gerais, Antônio Carlos, que apoiava, agora, a Aliança Liberal, depois de ter rompido com São Paulo.
De qualquer modo, a Aliança Liberal apresentava um programa de reformas com alguns avanços, cujos pontos principais eram: instituição do voto secreto (para acabar com o coronelismo e as fraudes); criação de leis trabalhistas; incentivo à produção industrial. Era um programa que tinha grande aceitação junto às classes médias e aos militares ligados ao Tenentismo.
Explode a Revolução
Apurados os resultados da eleição presidencial de 1930, Júlio Prestes foi o vitorioso. O candidato da Aliança Liberal, Getúlio Vargas, tinha sido derrotado.
Entretanto, os líderes gaúchos, mineiros e paraibanos se recusavam a aceitar o resultado das eleições. Diziam que a vitória de Júlio Prestes não passava de fraude, um roubo. Na verdade, é difícil saber quem, dos dois lados, utilizou mais violência e fraude para ganhar as eleições. A única certeza é que a oligarquia paulista foi mais eficiente nos métodos empregados.
Getúlio Vargas e os generais Góis
Monteiro e Miguel Costa.
A viagem no "trem da Revolução" O clima de revolta aumentava no país. Nesse momento, o governador mineiro Antônio Carlos disse uma frase que entrou para a história: “Façamos a revolução, antes que o povo a faça”. Essa frase mostrava que as elites da Aliança Liberal tinham consciência de que era preciso agir para assumir o comando das transformações.
A revolta contra as velhas estruturas ganhou força quando o governador João Pessoa, da Paraíba, foi assassinado por motivos pessoais e políticos, em 25 de julho.
A morte de João Pessoa foi a gota d’água, a emoção que faltava para unir a oposição contra o governo.
Em 3 de outubro, a luta armada estourou no Rio Grande do Sul, espalhando-se por Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco.
Reconhecendo o avanço da guerra civil, os militares do Rio de Janeiro, liderados pelos generais Mena Barreto e Tasso Fragoso, depuseram o presidente Washington Luís, poucas semanas antes do fim de seu mandato. O poder foi entregue a Getúlio Vargas, que era o chefe político da Revolução de 1930.
Terminava a República Velha. Iniciava o período getulista ou a Era Vargas.
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