O FIM DA RELAÇÃO DE EMPREGO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Olá Estudantes
As Organizações precisam compreender as normas que regem os direitos dos trabalhadores para garantir e assegurar que as obrigações entre as partes sejam cumpridas. Assim, torna-se fundamental a abrangência do estudo das ciências jurídicas, pois “não existe sociedade sem direito”.
Atento a esse cenário e buscando abordar as temáticas que envolvem o fim da relação de emprego e suas consequências, apresentamos a seguir o Trabalho da disciplina Direito Aplicado à Gestão.
Situação problema:
Você está demitido! Os impactos psicológicos do desemprego.
Marcelo Afonso Ribeiro explora o tema do impacto psicológico do desemprego na vida das pessoas e garante que uma parte considerável dos trabalhadores hoje vive sob constrangimento.
Por: Graziela Wolfart e Cesar Sanson
O professor Marcelo Afonso Ribeiro é especialista no tema do impacto do desemprego na vida das pessoas. Professor Doutor do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da Universidade de São Paulo, ele é também coordenador do Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho (CPAT/USP). Na entrevista que concedeu por e-mail para a IHU On-Line, ele aponta, como os principais impactos do desemprego, o isolamento social, a culpabilização individual por sua situação, as perdas de identidade e a falta de reconhecimento social. Isso tudo pode, inclusive, explica, “gerar um estigma de desempregado como um papel social associado a ser ‘vagabundo’ ou ‘não gostar de trabalhar’". Marcelo acrescenta que “a atual estrutura do mercado de trabalho deixa todas as pessoas em estado de tensão e sob a ameaça de perder seu emprego ou seu trabalho, o que influencia no cotidiano de trabalho, gerando, por exemplo, uma maior submissão dos trabalhadores em muitas situações ou abusos por parte das chefias, com exigências exageradas de dedicação e mesmo situações constantes de humilhação, que podem configurar assédio moral”.
(Marcelo Afonso Ribeiro possui graduação em Psicologia, mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano e doutorado em Psicologia Social e do Trabalho, pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, é professor e pesquisador do Instituto de Psicologia da USP.)
IHU On-Line - A crise econômica mundial tem sido responsável pela demissão de milhares de trabalhadores. Qual é o impacto da demissão na vida de um trabalhador?
Marcelo Afonso Ribeiro - A demissão é, em geral, uma transição não esperada na carreira e, como todo imprevisto, gera um ciclo de reações. Quando a pessoa se recoloca no mercado de trabalho num curto período de tempo, os efeitos danosos da demissão tendem a não se instalarem na pessoa que vivenciou tal experiência, apesar de que, a partir de então, há a possibilidade de uma nova demissão se tornar mais real, o que pode levar a: uma reflexão e replanejamento do projeto de vida, uma paralisia seguida de uma negação do ocorrido, ou uma vivência constante de um fantasma de descartabilidade (a crença que poderá ser demitido novamente a qualquer momento, mesmo que nada indique isso). Entretanto, se a situação de desemprego se prolonga significativamente, no chamado DLD (Desemprego de Longa Duração), poderá se iniciar um ciclo de reações com quatro momentos e duas possibilidades existenciais. Os dois primeiros momentos são semelhantes, a saber: Choque (negação do ocorrido e culpabilização do outro seguido de um sentimento de traição); e Transição/Confusão (autoacusação com raiva de si e do contexto de trabalho no qual estava inserido, vergonha, incerteza sobre o futuro e busca incessante de um novo trabalho sem critérios definidos).
Na primeira possibilidade, pode se instalar a chamada Síndrome do Desemprego de Longa Duração, conforme descrito por Marie Jahoda e Edith Seligmann-Silva, gerando dois momentos finais: Adaptação patológica (afastamento social e apatia); e Resignação fatalista (abandono da busca de trabalho e da esperança de trabalhar). Na segunda possibilidade, conforme descrito por Nancy Schlössberg, a pessoa faz: Autoavaliação de sua carreira; e Elabora estratégias para voltar a trabalhar e se manter trabalhando. De forma resumida, os principais impactos do desemprego seriam: isolamento social, culpabilização individual por sua situação, perdas identitárias e falta de reconhecimento social, podendo, inclusive, gerar um estigma de desempregado como um papel social associado a ser “vagabundo” ou “não gostar de trabalhar”.
IHU On-Line - A crise instaura uma ameaça permanente de cortes. Como se sente o trabalhador numa situação dessas? O seu cotidiano de trabalho e as relações sociais sofrem mudanças?
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Mediante todo esse cenário de crise mundial o trabalho no Brasil se sente prejudicado, visto que ele tenderá a não trabalhar, não receber salário e por consequência suas contas e despesas não deixarão de chegar.
Para quem consegue trabalhar por home office ainda tem-se uma solução e manutenção de emprego, contudo para outros trabalhadores tem-se o desemprego e ausência de renda.
As relações sociais também sofrem mudanças, visto que a população é orientada a se isolar de forma a não manter contato nem relação com demais pessoas na sociedade.
Bons estudos!
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