O filósofo escocês David Hume (1711-1776) afirma que nosso pensamento “está realmente confinado dentro de limites muito reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou de diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência.” (Hume. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2004, p. 36). Com a descrição “materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência”, Hume refere-se a nossas percepções. Estas são, para ele, de dois tipos: as impressões, percepções primeiras, originadas por meio dos sentidos; e as ideias, percepções derivadas, cópias das impressões. A respeito do pensamento de Hume, assinale o que for correto. *
Há, em nosso pensamento, percepções cuja origem não remonta, em última instância, àquilo que é origem de nossas impressões.
Hume defende que as relações entre as ideias, como a relação de causalidade, não podem ser observadas. Por isso, não há coisas externas ao pensamento que correspondam a tais relações.
A capacidade humana de imaginar, embora produza objetos que não existem no mundo, requer a capacidade de ter percepções.
Segundo Hume, pensamentos sobre seres fictícios, como sereias e mulas-sem-cabeça, são inatos.
O hábito, sendo para Hume uma capacidade do espírito humano de associar ideias, é uma fonte de percepções.
Soluções para a tarefa
Resposta:
F
V
V
F
F
Explicação:
Respondido na ordem
01) INCORRETA. Como empirista, o filósofo escocês David Hume afirma que todo o nosso conhecimento tem origem nos sentidos e na experiência.
02) CORRETA.
04) CORRETA.
08) INCORRETA. Para Hume não há ideias inatas, pois todas elas derivam da experiência.
16) INCORRETA. A experiência conduz as ideias ao nosso espírito. A partir de então, a tarefa de associar ideias cabe à razão, e não ao hábito.
A relação de causa e efeito, segundo Hume, é criada pelo costume e pela repetição dos efeitos, gerando uma falsa impressão de concomitância: F -V -V -F -F.
David Hume, filósofo moderno inglês, foi um dos representantes da escola empirista na Modernidade e trouxe à filosofia uma nova forma de conceber o conhecimento a partir do homem.
Para Hume, o homem é um feixe de impressões e tudo o que ele conhece parte das suas experiências no mundo. O homem não possui conhecimento a priori das coisas, como concebe Descartes. Ele só vem a conhecer a partir das sensações.
Hume desmistifica eventos de inferência causal, como a relação entre fumaça e fogo. Segundo o filósofo, só porque há fumaça não quer dizer que há fogo. Assim, a causalidade não é intrínseca às coisas, mas é uma indução manifestada pelos hábitos e pela repetição aferida pelas experiências.
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