Filosofia, perguntado por linacostacoelho88, 2 meses atrás

O filósofo alemão Immanuel Kant reflete que "O homem é a única criatura que precisa ser educada" (KANT, 1996, p. 11). Afirma ainda que, ao contrário dos animais, os humanos necessitam de cuidados para sobreviver, crescer e, devido à nossa natureza racional, precisamos não apenas de cuidados físicos, mas também emocionais e intelectuais. Esses apontamentos sugerem que todo ser humano necessita de educação para tornar-se humano, uma vez que nenhum sujeito nasce "pronto". Essa necessidade confere a nossa espécie uma necessidade gregária, ou seja, dependemos definitivamente de outros para nos tornarmos o que somos. Sobre esse debate, é incorreto afirmar que:

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Respondido por vidinharego

A filosofia moral de Kant

Immanuel Kant (1724-1804) argumentou que o princípio supremo da moralidade é um padrão de racionalidade que ele apelidou de “Imperativo Categórico” (IC). Kant caracterizou o IC como um princípio objetivo, racionalmente necessário e incondicional que devemos sempre seguir apesar de quaisquer desejos ou inclinações naturais que possamos ter em contrário. Todos os requisitos morais específicos, segundo Kant, são justificados por esse princípio, o que significa que todas as ações imorais são irracionais porque violam o IC. Outros filósofos, como Hobbes, Locke e Tomás de Aquino, também argumentaram que os requisitos morais são baseados em padrões de racionalidade. No entanto, esses padrões eram princípios instrumentais de racionalidade para satisfazer os desejos de alguém, como em Hobbes, ou princípios racionais externos que podem ser descobertos pela razão, como em Locke e Tomás de Aquino. Kant concordou com muitos de seus predecessores que uma análise da razão prática revela a exigência de que os agentes racionais devem estar em conformidade com os princípios instrumentais. No entanto, ele também argumentou que a conformidade com o IC (um princípio não instrumental) portanto, com os próprios requisitos morais, pode, no entanto, se mostrar essencial para a agência racional. Esse argumento foi baseado em sua doutrina marcante de que uma vontade racional deve ser considerada autônoma, ou livre, no sentido de ser a autora da lei que a vincula. O princípio fundamental da moralidade — o IC — nada mais é do que a lei de uma vontade autônoma. Assim, no coração da filosofia moral de Kant está uma concepção da razão cujo alcance nos assuntos práticos vai muito além do de um “escravo” humano das paixões. Além disso, é a presença dessa razão autogovernada em cada pessoa que Kant pensava oferecer fundamentos decisivos para ver cada uma como possuidora de igual valor e merecedora de igual respeito.