História, perguntado por bastosregina399, 8 meses atrás

O filme a fantástica fábrica de chocolate tem algo a ver com a Revolução Industrial

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Respondido por crislourenco20p6rmh7
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Resposta:

D a mesma forma que a literatura religiosa não pode escapar de suas intenções edificantes, a literatura para crianças está fadada aos propósitos pedagógicos. Eles podem estar dissimulados de forma habilidosa e até complexa, mas estão sempre ali. O livro "A Fantástica Fábrica de Chocolate", do galês Roald Dahl (1916-1990), oferece à primeira vista um exemplo de pedagogia mal camuflada, com sua estrutura um tanto óbvia de recompensas e punições. Publicado em 1964, o livrinho teve brilhante carreira cinematográfica. Depois da psicodélica versão estrelada por Gene Wilder em 1971 e do espetaculoso filme de Tim Burton em cartaz, não será exagero incluir "A Fantástica Fábrica de Chocolate" entre os mitos pop da nossa época.

Na história, as quatro crianças que dividem com Charlie a oportunidade dourada de visitar a Fábrica sucumbem, uma a uma, abatidas pelas próprias fraquezas: Augustus é guloso, Veroca é mimada, Violeta tem obsessão por chiclete e Miguel por TV (jogos eletrônicos, na versão de Tim Burton). Por meio dos dois primeiros, o autor impõe entraves à onipotência infantil. Nos dois últimos personagens, ao contrário, ele condena o interesse fetichista numa coisa só, pois a criança deve se entregar com moderação e variedade à experiência do mundo. Tal como faz Charlie, o herói altruísta do livro, que tem sorte em retribuição a seu desempenho irrepreensível nos quesitos filho e neto, que apesar de amar o chocolate mais do que ninguém está pronto a dividir sua barra com a família paupérrima. Nada mais apropriado, nada mais conforme à pedagogia.

Explicação:

Respondido por otaviolopes1910
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Resposta:

Será possível que nosso autor tenha deixado escapar, nas entrelinhas de sua história para crianças, todo um resíduo teórico sobre o capitalismo em sua fase imperialista, o "desenvolvimento desigual e combinado", a quebra dos sindicatos e a migração da indústria para países de mão-de-obra barata? Num tempo politicamente incorreto (1964).

Explicação:

Folha de São Paulo, domingo, 09 de outubro de 2005

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