O filho, o pai e o tempo
Publicado por Lissânder Dias
É verdade que o menino não sabe distinguir, no pôr do sol, se ainda é dia ou se já é noite. Não sabe, portanto, se deve ou não acender as luzes. De todo modo, não duvida que a noite cairá e que poderá, enfim, iluminar a sala.
Certa vez ele disse naturalmente ao pai: “vou ficar com você para sempre”. O pai, incerto, respondeu: “não podemos prometer isso, filho”. O crescido homem já não acreditava tanto na eternidade. O tenro garoto, por sua vez, não via nada menos que o infinito.
Pobre pai! Acostumou-se a resolver problemas, mas perdeu o hábito de olhar além do visível.
Mesmo assim, o menino não é tão paciente. Aprendeu com as pessoas a não esperar. Talvez se cure desta doença chamada ansiedade. Terá que andar contra a corrente. Terá que esforçar-se bastante para deixar de entregar-se a preocupações infundadas.
Enquanto o menino olha para frente, o pai olha para trás. O menino acha que o que há de bom agora, continuará. Graças a Deus, ele não tem razão para pensar diferente. Mas o pai, velho de guerra, lamenta o que perdeu ao longo da vida. Sente saudades de tempos longínquos em que era mais parecido com seu filho. Lidava melhor com o tempo porque este era um amigo que o ajudava a viver. Hoje, o homem quase velho, enxerga o tempo mais como obstáculo para executar todas as tarefas que precisa cumprir.
Talvez o tempo seja as duas coisas: amigo e inimigo. Duas faces necessárias para que possamos tanto aproveitar as oportunidades quanto para assumir responsabilidades. Não se apresse a culpá-lo por nada.
Ainda há no coração do pai uma chama de esperança, de fé. Fé na aurora que cresce e que trará muito mais do que um novo dia ou um novo ano. É um tipo de alvorada que transcende tudo o que ele já viveu. As luzes do sol são sinais da profecia; são caminhos que o levam até o destino pleno e abundante do Eterno.
O menino ensina o pai sobre como olhar o tempo. O pai ensina o filho a continuar acreditando na eternidade.
Pai e filho. Juntos. Para sempre.
a) Identifique a ideia central do texto. (20%).
b) Explique porque o tempo está presente na crônica. (40%).
c) Desenvolva um texto a partir de sua compreensão do trecho a seguir “...Talvez o tempo seja as duas coisas: amigo e inimigo...” (40%).
Soluções para a tarefa
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a) Mostrar as sensações de esperança ou desânimo que o tempo causa nas pessoas.
b)Pois ele é o principal fator que estimula o pai e o filho a viver sob seus preceitos.
c)O tempo pode ser compreendido como um fator estimulante para pessoas novas, pois há muito o que sonhar e fazer. Porém, pessoas com longa experiência de vida possuem saudades da época em que eram jovens pois agora o tempo é escasso e impõe diversas limitações aos objetivos delas.
b)Pois ele é o principal fator que estimula o pai e o filho a viver sob seus preceitos.
c)O tempo pode ser compreendido como um fator estimulante para pessoas novas, pois há muito o que sonhar e fazer. Porém, pessoas com longa experiência de vida possuem saudades da época em que eram jovens pois agora o tempo é escasso e impõe diversas limitações aos objetivos delas.
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