O feudalismo deve sua formação a uma série de fatores, entre eles a
desagregação do Império Romano, o declínio da escravidão e do comércio, a
ruralização da população, a formação de múltiplos senhorios e
reinos bárbaros independentes, a incapacidade da maioria dos sacro-
imperadores romano-germânicos em reconstituir uma unidade política
abrangente e eficiente, a supressão do paganismo e o fortalecimento político
da Igreja Católica e do movimento monástico. O feudalismo evoluiu lentamente
até se tornar o modelo dominante na Europa, e se caracterizou, em sua forma
madura, pela regionalização ou encelulamento do poder, ou seja, sua
concentração em âmbito local nas mãos de uma aristocracia rural que
dominava a terra com grande autonomia, e subjugava a maior parte da
população através do poder de dominium. O sistema era garantido pelo
monopólio das forças militares pela elite, pelo apoio da Igreja, por uma
progressiva sustentação jurídica e ideológica, e por uma forte rede de
obrigações entre os senhores feudais e seus vassalos e súditos.[2][3]
A partir do século XIII, com o surgimento de novas monarquias centralizadas e
poderosas, a reurbanização da Europa, o reaquecimento e diversificação da
economia, entre outros fatores, o sistema iniciou seu declínio, que se acelerou
a partir do século XIV com a emergência do proto-capitalismo, a concorrência
da burguesia, a substituição de grande parte dos servos por trabalhadores
assalariados, a maior laicização da sociedade e grandes mudanças culturais,
mas algumas instituições feudais, mais notadamente o feudo propriamente
dito, perduraram na Europa até depois do fim do Antigo Regime.[3][4] O sistema
foi típico da Europa, onde se desenvolveu com características únicas, mas
vários historiadores vem tentando compará-lo com outros sistemas não-
europeus, com resultados muito controversos.[3]
Sua imagem pública foi profundamente manchada com as revoluções
burguesas, atendendo ao interesse da burguesia em afirmar a legitimidade e
superioridade do seu próprio modelo, dissolvendo-se entre os séculos XIX e XX
as últimas instituições feudais ainda remanescentes em regiões isoladas da
Europa. Devido à negativa propaganda burguesa, por muito tempo o feudalismo
foi visto como um sistema autoritário, violento, opressor e explorador, cuja
economia era estagnada, cuja política era caótica, e que não tinha flexibilidade
para admitir mudanças. Hoje entende-se que precisa ser reavaliado e sua
história entendida em suas próprias bases e contexto, e não a partir de
projeções judiciosas modernas sobre uma época em que todo o pensamento
era diferente. Reconhece-se hoje que o feudalismo foi, também, coerente,
dinâmico e adaptável, manteve-se em um estado de contínuo rearranjo sem
alterar sua essência, perdurando por muitos séculos, e propiciou o
desenvolvimento de novas técnicas e métodos de produção e trocas que
impulsionaram um reflorescimento econômico a partir dos séculos XI-XII, com
um rico paralelo nas artes, na arquitetura, na literatura e na cultura em geral. No
entanto, estudos mais recentes vêm mostrando que o sistema foi muito menos
homogêneo do que se pensava, com uma ampla variedade de formas de
articulação nas diferentes regiões e ao longo do tempo, gerando um grande
debate sobre sua definição e sobre a aplicabilidade dos antigos conceitos
sobre o tema.
Atividades.
1. Leia o texto e faça um resumo em no mínimo 10 linhas sobre
quais fatores levou a formação do feudalismo na Europa durante
a idade média.
Gentee,me ajudem a fazer um resumo desse texto,pfvr!!!
Soluções para a tarefa
Respondido por
21
Resposta:
Meus Deus do céu,que texto enorme
Jujubszinhaa:
Pois é,o professor não teve dó dos alunos haha
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